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Estado de Minas

Odebrecht pagou propina de R$ 451 milh�es para pol�ticos investigados

Os pol�ticos citados nos 76 inqu�ritos abertos no Supremo Tribunal Federal negam irregularidades


postado em 13/04/2017 07:37 / atualizado em 13/04/2017 07:48

Bras�lia - Os crimes que ser�o investigados nos 76 inqu�ritos da lista do ministro Edson Fachin envolvem pagamentos a pol�ticos que chegam a R$ 451,049 milh�es. Desse total, os delatores da Odebrecht dizem ter repassado R$ 224,6 milh�es por obras e contratos nos governos federal, estaduais e municipais e R$ 170 milh�es por medidas provis�rias, emendas parlamentares e resolu��es legislativas que atendiam aos interesses da empreiteira.

O inqu�rito que envolve as maiores propinas que a empreiteira afirma ter pago � o da compras das medidas provis�rias 470/2009 e 613/2013. A primeira, segundo a acusa��o da Procuradoria-Geral da Rep�blica, motivou o pagamento de R$ 50 milh�es para a campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, e em raz�o da segunda a empreiteira relatou ter desembolsado R$ 100 milh�es para a campanha de reelei��o da presidente, em 2014.

A Odebrecht contabilizou ainda o pagamento de R$ 7 milh�es no Congresso para a aprova��o das MPs. Ao todo, segundo a empreiteira, R$ 4 milh�es foram distribu�dos aos senadores Romero Juc� (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), mais R$ 2 milh�es ao senador Eun�cio Oliveira (PMDB-CE) e aos deputados L�cio Vieira Lima (PMDB-BA) e Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ambas as MPs favoreciam a Braskem, uma das empresas do grupo Odebrecht. A 470 alterava a forma de cobran�a do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a 613 concedia incentivos tribut�rios a empresas qu�micas.

Custo


Em seu depoimento, o empres�rio Marcelo Odebrecht disse que n�o era incomum na edi��o de MPs o governo deixar "pontas soltas". "�s vezes, at� a Receita colocava de prop�sito. E a gente tinha de ajustar via relator no Congresso. Isso aumentava o famoso custo Congresso."

Para aprovar uma resolu��o no Senado que favoreceria a Braskem, por exemplo, os delatores da Odebrecht afirmaram � Procuradoria da Rep�blica que pagaram R$ 4 milh�es a Juc� e R$ 500 mil a Delc�dio Amaral, ent�o senador pelo PT.

Em outro caso, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) recebeu, segundo os delatores, R$ 661,5 mil para apresentar emendas em quatro MPs do interesse do grupo. Por fim, Renan e Juc� teriam recebido R$ 5 milh�es pela MP 627/2013, que beneficiava subsidi�rias da Odebrecht no exterior.

O segundo maior desembolso relatado pela Odebrecht envolve a obra da usina Santo Ant�nio, em Rond�nia. A empresa diz que foram distribu�dos R$ 50 milh�es para os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Sandro Mabel (PP-GO) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), al�m de Juc�.

O terceiro maior caso investigado � o de pagamentos relacionados a obras vi�rias do governo de S�o Paulo, envolvendo o senador Jos� Serra (PSDB-SP) e o ministro das Rela��es Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, cujos pagamentos somados chegam a R$ 36,2 milh�es.

Do total de recursos citados nos inqu�ritos nem tudo saiu dos cofres da Odebrecht. Alguns pagamentos foram feitos em parceria com outras empreiteiras, quando havia interesse em comum em jogo.

Despesas


Os pol�ticos citados nos 76 inqu�ritos negam irregularidades. O presidente do Senado, Eun�cio Oliveira afirmou que a Justi�a "tem maturidade e firmeza para apurar e distinguir a verdade das mentiras". Por meio de nota, Renan e Aloysio afirmaram que v�o esperar o teor das investiga��es para se manifestar. Juc� disse que em suas campanhas eleitorais atuou "dentro da legisla��o".

Serra afirmou que, com a quebra dos sigilos das dela��es, ser� poss�vel demonstrar a corre��o de sua conduta. Kassab e Maia disseram confiar na Justi�a e que depoimentos de colaboradores n�o s�o provas. O deputado Carlos Zarattini criticou a "divulga��o espetaculosa e midi�tica" e disse que "inqu�rito n�o significa julgamento".

Os deputados L�cio Vieira Lima e Arlindo Chinaglia, o ex-parlamentar e atual assessor da Presid�ncia, Sandro Mabel, e o advogado de Cunha, Ticiano Figueiredo, n�o foram localizados. Dilma n�o se pronunciou.


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