
S�o Paulo - Respons�vel pelo contrato da Odebrecht com o governo do Estado de S�o Paulo para a Linha 6 do Metr�, o executivo Arnaldo Cumplido de Souza e Silva afirmou � Opera��o Lava-Jato que o codinome de Marcos Monteiro, o arrecadador oficial da campanha do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), em 2014, come�ou como "Salsicha" e passou para "M&M" nos registros criptografados das planilhas da propina do grupo.
O tucano foi citado por ter supostamente recebido R$ 10 milh�es de caixa 2 do grupo e � alvo de um pedido de investiga��o enviado para o Superior Tribunal de Justi�a (STJ). Alckmin nega irregularidades.
Atual secret�rio de Planejamento do governo de S�o Paulo, Monteiro foi apontado por tr�s delatores da Odebrecht como o respons�vel por acertar o repasse de R$ 10 milh�es para a campanha de Alckmin em 2014 e de receber o dinheiro - foram pagos, efetivamente R$ 8,3 milh�es - dos emiss�rios do Setor de Opera��es Estruturadas do grupo, o chamado "departamento da propina".
O delator afirmou que "Salsicha foi o primeiro" codinome. "� partir da�, todos foram M&M".
"E seria quem?"
"Acho que Marcos Monteiro."
A procuradora da Lava-Jato quis saber se quando foi informado pelo seu superior, Luiz Antonio Bueno, na Odebrecht, se foi falado a ele que os valores eram para Marcos Monteiro, ele confirmou: "falou".
"E para a campanha de Geraldo Alckmin?."
"Para Geraldo Alckmin."
O delator detalhou aos investigadores como tomou conhecimento que os valores eram para o tesoureiro da campanha do governador. "Entre abril e outubro de 2014 Luiz Bueno me solicitou que programasse pagamentos sob o codinome M&M e tamb�m Salsicha. E que M&M seria Marcos Monteiro o coordenador financeiro da campanha de Geraldo Alckmin."
"E Salsicha?."
"Seria, eu acho, um codinome para a mesma pessoa", respondeu.
O delator afirmou que os valores foram alocados nos custos da obra do metr� que eram dirigidas por ele. As planilhas do Setor de Opera��es Estruturadas - o "departamento da propina" - relacionada aos ordenamentos de pagamentos para "M&M" a obra da Linha 6 do Metr�.
Provas
Os delatores, entre eles o chefe da �rea de infraestrutura da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva J�nior, entregaram � Lava Jato os registros internos dos pagamentos feitos para "M&M". S�o as provas de corrobora��o do que disseram tr�s delatores da Odebrecht sobre o caixa 2 para as campanhas de 2010, de R$ 2 milh�es, para o codinome "Bel�m", e de 2014, de R$ 8,3 milh�es, para os codinomes "Salsicha" e "M&M".
Nas planilhas, al�m do codinome M&M h� registro das datas de entrega, as senhas usadas para o recebimento dos valores e refer�ncias �s obras Linhas 6 do Metr� e Emiss�rio Praia Grande relacionados aos pagamentos.
Defesas
O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou qualquer irregularidade, por meio de nota.
"Jamais pedi recursos irregulares em minha vida pol�tica, nem autorizei que o fizessem em meu nome. Jamais recebi um centavo il�cito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei."
O secret�rio de Planejamento do governo de S�o Paulo, Marcos Monteiro, afirmou que as contas da campanha de 2014 do governador Geraldo Alckmin foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral.
"A gest�o financeira da campanha de 2014 foi feita dentro da lei e todas as contas foram aprovadas pelo TRE."