(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ex-gerentes da Petrobras receberam mais de R$ 100 milh�es em propinas

Quatro funcion�rios da estatal foram presos na 40� fase da Opera��o Lava-Jato. Um deles usou usou a Lei de Repatria��o para lavar dinheiro, diz MPF


postado em 04/05/2017 12:38 / atualizado em 04/05/2017 12:51

Suspeitos de receberem mais de R$ 100 milh�es em propinas de empreiteiras, tr�s ex-gerentes da �rea de G�s e Energia da Petrobras s�o o foco principal da Opera��o Asfixia, a 40ª fase da Opera��o Lava-Jato, que ocorreu nesta manh� de quinta-feira (4/5). Segundo a Pol�cia Federal (PF), mediante o pagamento de vantagem indevida, os ex-gerentes agiam para beneficiar empreiteiras, em contratos feitos por meio do direcionamento de licita��es.

 

A Opera��o Asfixia prendeu preventivamente duas pessoas. Outras duas foram presas em car�ter tempor�rio. No total, s�o 25 ordens judiciais cumpridas, que incluem tamb�m cinco mandados de condu��o coercitiva, quando a pessoa � levada � for�a para prestar depoimento, e 16 de busca e apreens�o. As a��es de hoje ocorrem a pedido da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal (MPF) no Paran�. Os presos s�o: Marcio de Almeida Ferreira, um dos ex-gerentes da Petrobras; Marivaldo do Roz�rio Escalfoni; representante das empresas; Paulo Roberto Gomes Fernandes; representante das empresas; Maur�cio de Oliveira Guedes; ex-gerente da Petrobras. De acordo com a Pol�cia Federal, os quatro devem ser levados para Curitiba at� o final do dia.

A Pol�cia Federal destacou a exist�ncia de ao menos tr�s n�cleos distintos no esquema: o primeiro com duas empresas que intermediavam o pagamento das propinas; um segundo com funcion�rios e fornecedores da Petrobras, que participavam das negocia��es; e o terceiro com os pr�prios funcion�rios que eram beneficiados com a propina. Todas as empreiteiras analisadas pela investiga��o eram fornecedoras tradicionais da Petrobras, a maioria alvo de a��es na Justi�a.

 

H� ind�cios de fraude � licita��o, corrup��o, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas, entre outros, em mais de uma dezena de licita��es de grande porte da Petrobras que foram fraudadas pelo grupo criminoso. Segundo a apura��o da PF, as empresas de fachada simulavam presta��o de servi�os de consultoria com as empreiteiras para repassar a propina. Os pagamentos ocorriam com dinheiro em esp�cie, por meio de transfer�ncias para contas na Su��a ou efetuando o pagamento de despesas pessoais dos ex-gerentes.

 

Segundo o Minist�rio P�blico Federal (MPF), "os criminosos colaboradores relataram ainda que os pagamentos de propina prosseguiram at� junho de 2016, mesmo ap�s a deflagra��o da Opera��o Lava-Jato e a sa�da dos empregados de seus cargos na Petrobras". As provas foram obtidas pela PF e pelo MPF por meio de quebra de sigilo telem�tico, banc�rio e fiscal dos envolvidos.

 

Depoimentos de outros ex-gerentes da Petrobras e empreiteiros que firmaram colabora��o premiada com o MPF tamb�m contribu�ram para a descoberta do esquema milion�rio. Entre eles, o do ex-gerente de empreendimentos da �rea de G�s e Energia da estatal, Edison Krummenauer, que reconheceu ter recebido aproximadamente R$ 15 milh�es de propina.

 

Contas ocultas no exterior

Os integrantes do esquema chegaram a regularizar aproximadamente R$ 48 milh�es que estavam em contas ocultas nas Bahamas, alegando que o dinheiro era proveniente da venda de um im�vel. Para isso, um dos ex-gerentes utilizou dos benef�cios da regulariza��o cambial de ativos ocultos mantidos no exterior, por meio da Lei da repatria��o de recursos (Lei 13.254/2016). "Esse fato � grav�ssimo, pois mostra que a lei de regulariza��o cambial institucionalizou a lavagem de dinheiro dos ativos mantidos no exterior", afirmou o procurador da Rep�blica Diogo Castor, tamb�m integrante da for�a-tarefa Lava-Jato em Curitiba


Para o procurador regional da Rep�blica Orlando Martello, o esquema criminoso instalado na Petrobras ainda n�o foi integralmente desfeito. "A divis�o das vantagens il�citas e os pr�prios pagamentos de propina continuam a ocorrer mesmo ap�s o desligamento dos agentes p�blicos da Petrobras, e, pasmem, permanecem ativos mesmo ap�s tanto tempo de investiga��o", afirmou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)