
Rio - O Minist�rio P�blico Federal (MPF) informa que denunciou o ex-governador do Rio de Janeiro S�rgio Cabral (PMDB) e outras seis pessoas por corrup��o passiva e ativa e organiza��o criminosa por irregularidades cometidas na Secretaria Estadual de Sa�de, entre 2007 e 2014.
Os demais denunciados s�o C�sar Romero, Carlos Miranda, Carlos Bezerra, S�rgio C�rtes, Miguel Iskin e Gustavo Estellita, acusados pela for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato no Rio de Janeiro de pagar ou receber propina para fraudar contratos da �rea de sa�de.
Em nota, o MPF explicou que a Opera��o Fatura Exposta identificou que o modus operandi da organiza��o criminosa liderada por Cabral, que cobrava 5% sobre todos os contratos firmados pelo estado, tamb�m se ramificou na Secretaria de Sa�de.
O esquema, operado por C�rtes e por Romero, ex-secret�rio e subsecret�rio da pasta, direcionava as licita��es de servi�os e equipamentos m�dicos ao cartel organizado por Miguel Iskin e Gustavo Estellita, s�cios nas empresas Oscar Iskin Ltda. e Sheriff Servi�os e Participa��es.
Os empres�rios eram respons�veis por trazer ao pa�s empresas estrangeiras que participavam das licita��es internacionais, mas que eram divulgadas apenas no Brasil. As empresas se articulavam num rod�zio que privilegiava cada uma delas por vez. Em fun��o do arranjo, os envolvidos sabiam quanto cada empresa cobraria pelos produtos antes mesmo de sair a cota��o do preg�o internacional.
De acordo com o MPF, Miranda e Bezerra eram os encarregados de distribuir a propina paga pelos empres�rios, que totalizavam mais de R$ 16,2 milh�es, de acordo com c�lculos feitos sobre anota��es cont�beis da organiza��o.
Al�m de Cabral, o ex-secret�rio e o subsecret�rio tamb�m recebiam, respectivamente, 2% e 1% sobre os valores dos contratos da sa�de. Os pagamentos eram recebidos e repassados pelos operadores mensalmente e variavam entre R$ 400 mil e R$ 500 mil.
A den�ncia, oferecida � 7ª Vara Federal Criminal, refere-se apenas aos crimes de corrup��o passiva, ativa e de organiza��o criminosa na �rea de sa�de durante a gest�o de Cabral. As demais condutas criminosas da organiza��o liderada pelo ex-governador do Rio ainda ser�o objeto de den�ncias posteriores da Opera��o da Lava Jato no Rio de Janeiro, acrescentou o MPF, por meio de nota.