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Estado de Minas

Temer orienta equipe a ir para 'o enfrentamento'

Denunciado pelo Minist�rio P�blico, Temer quer sinalizar que n�o se sente acuado


postado em 19/05/2017 07:37 / atualizado em 19/05/2017 07:43

(foto: Evaristo Sá/AFP)
(foto: Evaristo S�/AFP)

Bras�lia - O presidente Michel Temer orientou a equipe a "partir para o enfrentamento", na tentativa de mostrar que n�o est� acuado com as dela��es feitas pela JBS nem com o inqu�rito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investig�-lo. Nas conversas desta quinta-feira, 18, em seu gabinete, no Pal�cio do Planalto, ele pediu "resist�ncia" aos partidos da base aliada, do PSDB ao PP, e cobrou apoio � agenda das reformas.

Temer chegou a ser aconselhado a renunciar por pelo menos dois assessores de sua extrema confian�a e reagiu com nervosismo. "N�o sou homem de cair de joelhos. Caio de p�", afirmou.

"Michel, voc� est� passando pelo que eu passei. A diferen�a � que eu era senador e podia responder e voc� � presidente e n�o pode falar tudo o que pensa", disse-lhe mais tarde o l�der do governo no Senado, Romero Juc� (PMDB-RR). Presidente do PMDB, Juc� deixou o Minist�rio do Planejamento em maio do ano passado, ap�s 12 dias no cargo, quando vieram � tona grava��es em que ele dizia ser preciso impedir a "sangria" da Lava-Jato.

A portas fechadas, Temer usou termos como "conspira��o" e "a��o orquestrada" para se referir ao vazamento das dela��es do empres�rio Joesley Batista e de ex-executivos da JBS. O governo responsabilizou a Procuradoria-Geral da Rep�blica pela divulga��o dos depoimentos. Irritado, Temer disse que toda vez que a economia d� sinais de recupera��o, aparece dela��o.

Temer telefonou logo cedo para a presidente do STF, C�rmen L�cia, avisando-lhe de que pediria acesso aos �udios. A conversa entre os dois foi protocolar. Ao longo do dia, o presidente recebeu 14 dos 28 ministros e lamentou o destino do senador afastado A�cio Neves (PSDB-MG). "Sem o PSDB o governo acaba", disse um ministro � reportagem.

Discurso

Foi a equipe de comunica��o que estipulou 16 horas desta quinta como hor�rio-limite do pronunciamento, porque pipocavam not�cias sobre uma poss�vel ren�ncia e o mercado estava agitado. "N�o poder�amos deixar essa onda crescer", disse Juc�.

O discurso passou pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral, Moreira Franco, mas na �ltima hora Temer fez retoques, refor�ando o tom de indigna��o. Questionado se haveria clima para aprovar mudan�as na Previd�ncia e na lei trabalhista, Juc� disse que o governo votar� as "reformas poss�veis". Apesar da tens�o, um aliado n�o perdeu o bom humor e disse que era "mais f�cil cair o Trump do que o Michel".


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