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Estado de Minas

Delator relata entrega de R$ 1 milh�o para 'coronel', amigo de Michel Temer


postado em 19/05/2017 18:31 / atualizado em 19/05/2017 18:37

Bras�lia, 19 - O contador Florisvaldo Caetano de Oliveira, apontado como homem do grupo J&F respons�vel pelas entregas de dinheiro a pol�ticos, relatou em seu acordo de colabora��o com a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) ao menos dois encontros com Jo�o Baptista Lima Filho, amigo pessoal do presidente Michel Temer.

De acordo com o delator, o primeiro encontro teve como objetivo conhecer o destinat�rio, chamado de "coronel", e combinar a forma de entrega dos valores. No segundo encontro, por sua vez, Oliveira afirma ter entregado R$ 1 milh�o em esp�cie para Lima Filho.

"(..)Por determina��o de Ricardo Saud, o depoente entregou 1 milh�o de reais no seguinte endere�o: Rua Juatuba, Vila Madalena, S�o Paulo, num escrit�rio cuja titularidade o depoente desconhecia. Que o escrit�rio era conhecido como sendo de algu�m ligado a Michel Temer", afirmou o delator em seu depoimento.

Outro delator, o diretor de rela��es Institucionais da J&F Ricardo Saud, respons�vel por solicitar os pagamentos � Lima Filho, entregou uma s�rie de documentos � PGR comprovante que o endere�o citado por Florisvaldo era o da empresa Argeplan, cujo dono � o amigo de Temer.

Coronel da Pol�cia Militar aposentado, Lima Filho � dono da Argeplan Arquitetura e Engenharia, empresa que faz parte de um cons�rcio que ganhou concorr�ncia para executar servi�os relacionados � usina de Angra 3 - cujas obras s�o investigadas na Opera��o Lava-Jato.

A empresa finlandesa AF foi a vencedora de um contrato de R$ 162 milh�es na Eletronuclear e, por exig�ncia brasileira, subcontratou duas empresas locais: a Engevix e a AF Brasil - da qual a Argeplan faz parte.

Lima era gestor do contrato com a Eletronuclear, pela parte da Argeplan. O contrato foi assinado em 2012 para servi�os de eletromec�nica.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou, em maio de 2016, que a Lava-Jato investiga se houve negocia��o de propina nesse neg�cio. As irregularidades envolvendo as obras da usina foram delatadas por executivos da UTC, da Andrade Gutierrez, da Camargo Corr�a e, recentemente, da Odebrecht.

Baptista Lima foi citado na tentativa de dela��o do s�cio da Engevix, Jos� Antunes Sobrinho Filho, como algu�m que se apresentava como um interlocutor do ent�o vice-presidente da Rep�blica. O caso foi revelado pela revista �poca, h� um ano. Sobrinho Filho desistiu da dela��o depois da vinda � tona das revela��es que ele prometia fazer.


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