Bras�lia - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse neste domingo, 21, que a decis�o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de protocolar na C�mara pedido de impeachment do presidente Michel Temer, diante da gravidade das dela��es da JBS, surpreendeu o governo. "� algo que surpreende porque a OAB, tradicionalmente, � uma entidade que tem sido sustent�culo da institucionalidade e da legalidade no exerc�cio do poder no Brasil", afirmou Padilha.
Na busca de um contraponto, o Pal�cio do Planalto tamb�m tenta arregimentar a ades�o de outras entidades favor�veis � perman�ncia do presidente. "Temos recebido muitos telefonemas de apoio de v�rias organiza��es da sociedade civil, especialmente empresariais", disse o ministro da Casa Civil.
Embora o PSDB e DEM j� estejam avaliando, nos bastidores, uma sa�da alternativa para a crise, com a constru��o de um nome de consenso para substituir Temer, caso a situa��o fique insustent�vel, Padilha afirmou que os dois partidos est�o "firmes" na base aliada. Questionado sobre a decis�o do PSB de romper com o governo, o chefe da Casa Civil procurou amenizar o fato. "O PSB sempre foi dividido e vai continuar dividido", respondeu ele.
A reportagem apurou que as c�pulas do PSDB e do DEM s� aguardam o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido feito pela defesa de Temer, que quer a suspens�o do inqu�rito contra ele, para decidir se os dois partidos continuam ou n�o dando sustenta��o ao governo. O advogado Ant�nio Cl�udio Mariz de Oliveira, defensor do presidente, pede a suspens�o do inqu�rito que investiga crimes de corrup��o passiva, obstru��o � investiga��o e organiza��o criminosa, sob o argumento de que o �udio apresentado pelo dono da JBS, Joesley Batista, foi "fraudulento".
O ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, decidiu enviar o �udio para per�cia da Pol�cia Federal e o julgamento do caso pelo plen�rio da Corte est� marcado para quarta-feira. "O mais importante � a realiza��o da per�cia, que vai mostrar que a fita foi editada e n�o tem credibilidade", disse Padilha.