Bras�lia, 23 (AE), 23 - Em meio � pol�mica do uso da dela��o premiada contra o presidente Michel Temer, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes defendeu a utiliza��o do instrumento, mas afirmou que o delator n�o pode ser visto como um "salvador da p�tria".
Para ele, est� impl�cito que quem faz um acordo de dela��o decide colaborar com a Justi�a para receber algum benef�cio. Ele pontuou, no entanto, que esse benef�cio tem de ser definido de acordo com a "efic�cia" das informa��es prestadas.
"Se n�o serviu nada, n�o ter� diminui��o de pena. Serviu, mas n�o foi uma Brastemp, ter� o perd�o de um ter�o da pena. Ajudou muito, desbaratou a organiza��o criminosa, perd�o de dois ter�os da pena", disse Moraes.
O ministro, no entanto, reiterou que ningu�m pode ser condenado com base s� na dela��o premiada. "O delator tem interesse em delatar, ele quer benef�cios, ent�o ele que prove, ele que aponte provas", disse.
Sobre a Opera��o Lava Jato, Moraes afirmou que, mesmo com os acordos de dela��es, "n�s n�o vamos nunca recuperar todo o dinheiro que foi desviado" da Petrobras. Segundo ele, � preciso "aproveitar o momento" para evitar que um novo esc�ndalo como esse aconte�a, "porque sen�o o que acontece � que acaba faltando dinheiro para tudo".
(Isadora Peron)
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Alexandre de Moraes defende uso de dela��o premiada
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