Em meio � deflagra��o da Opera��o Po�o Seco, 41ª etapa da Lava Jato que mira o ex-gerente da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos e o banqueiro Jos� Augusto Ferreira, o procurador apontou para o enxugamento do efetivo de delegados na opera��o.
"Podemos dizer que s�o fatos, uma redu��o da equipe da opera��o na Pol�cia Federal", assinalou Carlos Lima. "Segundo eu soube, o Igor (Rom�rio, chefe da equipe da PF na Lava Jato em Curitiba) pode confirmar a redu��o de nove delegados para quatro, a informa��o que eu tive na �ltima reuni�o. A opera��o em Curitiba n�o est� diminuindo, ao contr�rio, vamos ter muito servi�o, novos fatos, e todas as acusa��es que temos que proceder", disse.
Santos Lima declarou. "Importante que se compreenda, talvez a Dire��o-Geral da Pol�cia Federal compreenda que precisamos manter uma equipe que realmente d� condi��es de suporte �s medidas que v�o ser tomadas daqui para a frente, investiga��es que v�o se desenvolver."
O procurador se referiu aos acordos de leni�ncia que est�o sendo fechados com a JBS. "Possivelmente, uma parte (das investiga��es) vir� para Curitiba. Incompreens�vel para n�s essa redu��o para apenas quatro delegados."
Na mesa em que Santos Lima dava entrevista sobre a fase 41 da Lava Jato, o delegado Igor Rom�rio de Paula apresentou um outro n�mero, mas ressaltou. "Realmente, al�m de mim, mais cinco delegados, temos enfrentado um problema objetivo. Grande parte do nosso efetivo vem de fora, Rio, S�o Paulo e Bras�lia, (policiais) que trabalhavam aqui."
Igor Rom�rio observou que os efetivos, agora, est�o tendo que se deslocar para outros Estados a fim de dar conta de procedimentos abertos com base nas dela��es dos 77 executivos da Odebrecht. Segundo o delegado, o volume de demandas em Curitiba "foi temporariamente menor".
Nas �ltimas semanas, a PF est� redirecionando quadros para Bras�lia. "De fato, com o n�mero que temos hoje fica dif�cil dar continuidade, prosseguimento da forma como sempre foi. Estamos tentando recompor. Na equipe de agentes e analistas n�o houve redu��o t�o grande. Dificuldade maior hoje � com o n�mero de delegados. Mas, enfim, temos que tentar recompor da forma como poss�vel."
O delegado n�o fez especula��es sobre eventual interfer�ncia do governo na Lava Jato. "Eu falo do ponto de vista administrativo interno da Pol�cia Federal. Se h� alguma articula��o maior, mais ampla, eu n�o sei dizer. A dificuldade operacional a gente vai ter que superar."
Igor observou que est�o em curso 120 procedimentos instaurados no �mbito da PF em Curitiba. "Quanto maior a equipe dispon�vel, melhor vai ser o trabalho desenvolvido." Ele defendeu equipes com a "qualifica��o necess�ria".
"Eu n�o vejo ind�cios de qualquer tipo de influ�ncia para tentar barrar a investiga��o aqui (em Curitiba). Vejo limita��o em fun��o da dissemina��o da investiga��o. S�o 17 Estados que v�o receber desdobramentos. Realmente, fica dif�cil continuar recebendo gente para c�", finalizou.