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Estado de Minas

Procurador denuncia corte na for�a-tarefa da Lava-Jato

Procurador alerta para o enxugamento no n�mero de delegados da PF que atuam na Lava-Jato em Curitiba e diz que o trabalho pode ser prejudicado


postado em 27/05/2017 06:00 / atualizado em 27/05/2017 14:01

Em meio �s den�ncias e suspeitas de a��es para enfraquecer os trabalhos de investiga��o da Opera��o Lava-Jato, o procurador da Rep�blica Carlos Fernando dos Santos Lima, da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal em Curitiba, fez um alerta ontem.

Durante coletiva para falar da deflagra��o da Opera��o Po�o Seco – 41ª fase da Lava-Jato – ele apontou para o enxugamento do efetivo de delegados da Pol�cia Federal que atuam na opera��o.

Segundo Carlos Fernando, ele teria recebido a informa��o da redu��o de nove para quatro delegados. “Incompreens�vel para n�s essa redu��o para apenas quatro delegados”, disse, considerando que com os desdobramentos da dela��o dos executivos da JBS, uma parte dos inqu�ritos pode ser direcionada para o Paran�.

Ainda de acordo com o procurador, a redu��o de efetivo n�o foi verificada no Minist�rio P�blico, que continua com 13 procuradores na for�a-tarefa. Ele afirmou que os trabalhos ainda est�o a pleno vapor, o que n�o combina com a redu��o de delegados. “Importante que se compreenda, talvez a dire��o geral da Pol�cia Federal compreenda que precisamos manter uma equipe que realmente d� condi��es de suporte �s medidas que v�o ser tomadas daqui para a frente, investiga��es que v�o se desenvolver”, disse.

Na mesma coletiva, o delegado da PF, Igor Rom�rio de Paula, tratou como “problema objetivo” a quest�o e disse que parte do efetivo � de outros estados. “Realmente, al�m de mim, mais cinco delegados, temos enfrentado um problema objetivo. Grande parte do nosso efetivo vem de fora, Rio, S�o Paulo e Bras�lia, que trabalhavam aqui”, revelou.

Apesar da diferen�a no n�mero de efetivo – o procurador afirma serem quatro e o delegado seis –, ambos concordam que com o n�mero reduzido o trabalho fica comprometido. “De fato, com o n�mero que temos hoje fica dif�cil dar continuidade, prosseguimento da forma como sempre foi. Estamos tentando recompor. Na equipe de agentes e analistas n�o houve redu��o t�o grande. Dificuldade maior hoje � com o n�mero de delegados. Mas, enfim, temos que tentar recompor da forma como poss�vel”, comentou.

O delegado, contudo, afirmou n�o estar fazendo uma den�ncia de que haja uma a��o “vinda de cima” para esvaziar a for�a-tarefa. “Eu n�o vejo ind�cios de qualquer tipo de influ�ncia para tentar barrar a investiga��o aqui. Vejo limita��o em fun��o da dissemina��o da investiga��o. S�o 17 Estados que v�o receber desdobramentos. Realmente, fica dif�cil continuar recebendo gente aqui”, analisou.

Vantagens


Ontem, a Pol�cia Federal deflagrou a 41ª fase da Opera��o Lava-Jato, chamada de Po�o Seco, que tem como alvo opera��es financeiras feitas a partir da aquisi��o pela Petrobras de direitos de explora��o de petr�leo no Benin, no oeste da �frica.

De acordo com as investiga��es, as opera��es financeiras tinham como objetivo disponibilizar recursos para o pagamento de vantagens indevidas ao ex-gerente da �rea de neg�cios internacionais da empresa. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreens�o, um mandado de pris�o preventiva, um mandado de pris�o tempor�ria e tr�s mandados de condu��o coercitiva nos estados do Rio de Janeiro e S�o Paulo e no Distrito Federal.

Os principais alvos da a��o foram o ex-gerente da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos e o banqueiro Jos� Augusto Ferreira. Segundo as investiga��es, os dois teriam recebido mais de US$ 5,5 milh�es em propinas.

Pedro Augusto e Jos� Augusto e outras cinco pessoas, relacionadas a um total de cinco contas mantidas na Su��a e nos Estados Unidos, s�o suspeitos de terem recebido pagamentos il�citos, entre 2011 e 2014, que totalizaram mais de US$ 7 milh�es (cerca de R$ 23 milh�es). Os fatos podem configurar os crimes de corrup��o, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas.

Cora��o generoso


O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse ontem que a jornalista Cl�udia Cruz, mulher do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi absolvida por causa do ‘cora��o generoso’ do juiz federal S�rgio Moro. “N�s vamos recorrer, n�s discordamos (da absolvi��o). Cremos que isso decorre muito mais do cora��o generoso do doutor S�rgio Moro e na interpreta��o de um fato envolvendo a esposa de uma pessoa sabidamente ligada a corrup��o. (…) N�s entendemos que � injustific�vel absolvi��o”, afirmou.


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