Bras�lia - A defesa do presidente Michel Temer pediu nesta quarta-feira, 31, que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconsidere a autoriza��o dada � Pol�cia Federal para colher desde j� o depoimento por escrito do peemedebista, a fim de que Temer s� responda por escrito �s perguntas da PF ap�s a realiza��o da per�cia no �udio da conversa entre o presidente e o empres�rio Joesley Batista, delator do Grupo J&F que gravou o di�logo no Pal�cio do Jaburu em mar�o.
Os advogados pediram tamb�m que, caso decida n�o adiar o depoimento, Fachin ao menos oriente a PF a n�o elaborar perguntas sobre o conte�do da conversa entre Temer e Joesley.
Os advogados afirmam que "a desej�vel celeridade para finaliza��o das investiga��es n�o pode atropelar direitos individuais e garantias constitucionais".
Fachin, por outro lado, entende que o inqu�rito contra o presidente Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures deve transcorrer em um prazo mais r�pido do que o normal por haver uma investigada presa, Roberta Funaro, irm� do corretor Lucio Funaro - apontado como operador de Eduardo Cunha. Na ter�a-feira, Fachin desmembrou esta investiga��o da que existe sobre o senador afastado A�cio Neves, que passar� a ser feita em separado.
Desmembramento
A defesa de Temer tamb�m estuda voltar a requerer o desmembramento da investiga��o de Temer, desta vez especificamente em rela��o a Rocha Loures, mas tal demanda n�o foi inclu�da no atual pedido encaminhado ao Supremo.
Segundo pedido
Este foi o segundo pedido de suspens�o da investiga��o feito pela defesa do presidente. O primeiro foi feito pouco ap�s ser tornado p�blico o inqu�rito contra Temer: pedia que qualquer atividade necess�ria para a investiga��o s� deveria ser feita ap�s a per�cia. O Supremo Tribunal Federal chegou a afirmar, por meio de nota oficial, que o pedido anterior seria julgado no plen�rio da Corte. Mas a defesa voltou atr�s.
"Em 22 de maio, a defesa apressou-se em esclarecer que entendia ser tal medida (julgamento sobre pedido de suspens�o da investiga��o) desnecess�ria, afinal, lograra �xito na sua inten��o de ver priorizada a prova t�cnica", dizem os advogados Mariz de Oliveira e Mendon�a de Alvarenga.
Os advogados insistem que n�o querem atrasar a investiga��o e que "o presidente da Rep�blica � o maior interessado na r�pida e cabal elucida��o dos fatos". Afirmam que n�o se pode "querer dar o segundo passo sem antes dar o primeiro".