Antes mesmo de vir � tona o conte�do das dela��es de Joesley Batista na Opera��o Lava Jato, um banco su��o usado para movimentar recursos il�citos para abastecer campanhas do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e da presidente cassada Dilma Rousseff, conforme relato do empres�rio, denunciou suas contas para autoridades do pa�s europeu. O volume de dinheiro e os padr�es de transfer�ncias sem justificativa levantaram a suspeita de crimes financeiros, embora a institui��o desconhe�a os benefici�rios das movimenta��es.
Em sua dela��o premiada, o empres�rio afirmou � PGR que reservou duas contas para atender �s demandas dos petistas. Segundo ele, o dinheiro era usado para pagar propina a pol�ticos do PT e tamb�m a aliados. Joesley contou que as contas chegaram ao saldo de US$ 150 milh�es em 2014. O empres�rio disse tamb�m que o dinheiro era operado a mando do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, com o conhecimento de Lula e Dilma. Os petistas negam as acusa��es.
Mesmo sem o nome dos envolvidos nos extratos, uma vez que operadores e doleiros teriam efetuado as transa��es, autoridades su��as dizem acreditar que as datas das transfer�ncias podem indicar se o dinheiro foi movimentado com maior intensidade nos meses que antecederam elei��es no Brasil.
As contas foram alimentadas, segundo autoridades su��as que acompanham o caso, com recursos l�citos dos neg�cios da JBS e tamb�m por dinheiro irregular, em um esquema descrito como "misto". No entanto, enquanto as contas foram mantidas no pa�s europeu, a movimenta��o de volumes no Brasil n�o era de conhecimento nem das autoridades nem do banco. A din�mica � considerada surpreendente porque companhias suspeitas de crimes financeiros separam as contas "leg�timas" das "ocultas".
Encerramento
Fontes do sistema financeiro da Su��a revelaram ao Estado que as contas foram fechadas ap�s o Julius Baer informar aos administradores do dinheiro que n�o manteria os recursos na institui��o. Grande parte do dinheiro foi ent�o transferida para os Estados Unidos.
Da conta 06384985 no Julius Baer, o dinheiro seguiu para o JP Morgan Chase Bank, em Nova York. Para ocultar os propriet�rios da conta, os recursos estavam em nome da empresa de fachada Lunsville Internacional Inc. Uma segunda empresa, a Valdarco, tamb�m foi usada.
Apesar do encerramento das contas, o Julius Baer informou as suspeitas �s autoridades de combate � lavagem de dinheiro da Su��a. Joesley n�o foi comunicado da decis�o do banco em raz�o da legisla��o local.
Procurado pela reportagem, o Minist�rio P�blico Federal em Berna se recusou a comentar o caso, indicando que n�o revelaria se Joesley est� ou n�o sob investiga��o em fun��o da legisla��o local.
As contas
Joesley contou que a primeira das contas foi usada durante os anos do governo Lula e que, ao final do mandato, em 2010, teria ficado com um saldo de US$ 70 milh�es. Quando come�ou a gest�o Dilma, ele disse que fora instru�do por Mantega a abrir uma nova conta. As contas deixaram de ser abastecidas, segundo Joesley, em novembro de 2014, quando ele afirmou ter comunicado a presidente cassada em reuni�o no Pal�cio do Planalto. O �ltimo saldo foi de R$ 30 milh�es. As informa��es s�o do jornal