Advogados de Lula dizem que procuradores "insistem em teses ilegais"

Um dia ap�s o Minist�rio P�blico Federal (MPF) pedir a condena��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e mais seis pessoas pelos crimes de corrup��o passiva e ativa e lavagem de dinheiro, a defesa do ex-presidente criticou os membros do MPF que "insistem em teses inconstitucionais e ilegais” e agem "de forma incompat�vel com o Estado de Direito e com as regras internacionais que orientam a atua��o de promotores em a��es penais", diz nota assinada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira.

Em seu perfil no Twitter, Zanin Martins complementou a nota enviada � impresa dizendo que a procuradoria tornou “a insistir em ‘ju�zo de convic��o’ ao inv�s de provas”. “Os procuradores afirmam que ‘a solu��o mais razo�vel � reconhecer a dificuldade probat�ria’ e pedem a condena��o sem provas. O MPF quer condena��o de Lula sem provas no caso do triplex com base em teorias de livro de [autoria do procurador Deltan] Dallagnol sobre ‘probabilismo’ e ‘explacionismo’”, diz a postagem.

O MPF de Curitiba, respons�vel pelas investiga��es da Opera��o Lava Jato, pediu ao juiz S�rgio Moro a condena��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, do ex-presidente da OAS L�o Pinheiro, dos executivos da empresa Agenor Franklin Medeiros, Paulo Gordilho, F�bio Yonamine e Roberto Ferreira, al�m do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, pelos crimes de corrup��o passiva e ativa e lavagem de dinheiro. O MPF quer que todos cumpram as respectivas penas em regime fechado e que Moro determine a apreens�o de R$ 87.624.971, correspondente ao valor das propinas que teriam sido pagas nos contratos da OAS com a Petrobras.

Do total estabelecido pelo MPF, Lula teria recebido cerca de R$ 3 milh�es, incluindo os valores do triplex e do contrato entre a OAS e a transportadora Granero, respons�vel pela guarda de parte do acervo que o ex-presidente recebeu ao deixar o cargo.

Congresso partid�rio

Em Bras�lia, parlamentares que participam do 6º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores tamb�m reagiram. Para Marco Maia (PT-RS), n�o h� provas contra o ex-presidente e a Justi�a deve julgar baseada em provas concreta. "O que n�s queremos � que a legisla��o seja cumprida na sua integralidade e que os ju�zes julguem a partir das provas que forem efetivamente produzidas nos processos", disse.

O 6º Congresso Nacional do PT come�ou ontem e reuniu cerca de 600 delegados de todos os estados e do Distrito Federal. Neste s�bado, a deputada Gleisi Hoffman foi eleita presidente do partido para os pr�ximos dois anos. Ao comentar a decis�o do MPF, Gleisi disse que o ex-presidente enfrenta uma ca�ada sem precedentes: "Lula enfrenta uma ca�ada midi�tica sem precedentes. � um l�der de 70 que impressiona ao enfrentar tudo isso", disse.