Rio - A Petrobras recorreu � Lei Anticorrup��o para romper contrato de fornecimento de g�s natural para uma empresa do grupo J&F, de Joesley Batista, que denunciou o envolvimento do presidente Michel Temer em esquemas de desvio de recursos. Al�m de cortar o g�s da t�rmica M�rio Covas, empresa do grupo operada pela �mbar Energia e situada em Cuiab�, a Petrobras cobra R$ 70 milh�es pelo rompimento antecipado do contrato.
A propina, que Saud chamou em sua dela��o de "aposentadoria" antecipada para o presidente e para Loures, serviria para retribuir uma decis�o do Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) que obrigasse a Petrobras a cobrar menos - o pre�o que o g�s natural � importado pela Bol�via - no contrato firmado com a �mbar.
A Petrobras e a JBS travam, h� meses, uma disputa em torno do pre�o do g�s. Em nota, o Cade afirmou que o caso ainda est� sendo investigado e negou qualquer interfer�ncia pol�tica em suas decis�es.
Ap�s a dela��o de Saud, com den�ncias de desvios de recursos envolvendo o contrato, por�m, a Petrobras resolveu encerrar o embate por conta pr�pria. Segundo a estatal, no contrato firmado com a �mbar, a empresa do grupo J&F declara n�o ter pago ou oferecido qualquer vantagem indevida a qualquer autoridade p�blica, o que n�o foi cumprido, considerando a dela��o de Saud. A Petrobras decidiu, ent�o, encerrar o fornecimento que estaria garantido at� 31 de dezembro deste ano e ainda pediu ressarcimento por isso. O contrato havia sido assinado em 13 de abril de 2017.
A dela��o de Joesley Batista resultou em um acordo de leni�ncia da J&F - no qual o grupo ter� de pagar uma multa de R$ 10,3 bilh�es - e garantiu o direito de continuar sendo contrata pelo poder p�blico.
Resposta
A �mbar Energia afirmou ter sido notificada pela estatal e disse que avalia o comunicado para decidir os pr�ximos passos. "A empresa esclarece que n�o � nem nunca foi alvo de investiga��es de atos de corrup��o. Todos os fatos relatados na colabora��o com a Justi�a por executivos da J&F se d�o no �mbito da holding, e n�o da �mbar", informou.
A empresa disse que, pelo acordo de leni�ncia assinado pela J&F com o Minist�rio P�blico, "todas as controladas da holding poder�o desenvolver suas atividades empresariais normalmente, sem qualquer restri��o, inclusive no relacionamento com empresas estatais".