
Durante julgamento da a��o da chapa Dilma-Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um filho do ministro Napole�o Nunes Maia - um dos sete julgadores do TSE - passou correndo pelo detector de metais e foi barrado pelos seguran�as na porta do plen�rio. Com roupa esportiva, ele demonstrava nervosismo e segurava um envelope amarelo diante de uma barreira de agentes que se formou para det�-lo. A assessoria de imprensa do TSE confirmou o parentesco do homem com o ministro.
Um seguran�a tentou acalmar o filho de Napole�o. O homem insistia para entrar no plen�rio. O seguran�a, ent�o, amea�ou dar voz de pris�o. "Ent�o d�", desafiou o filho do ministro, que em seguida come�ou a mexer no celular. Outros seguran�as foram chamados.
Ap�s a chegada de cinegrafistas e fot�grafos, ele foi levado pelos seguran�as at� uma das sa�das de emerg�ncia do subsolo da Corte Eleitoral. Antes da sa�da do filho, o ministro Napole�o Nunes Maia deixou o julgamento e chegou at� a porta do plen�rio. N�o foi poss�vel ouvir se os dois conversaram algo. O envelope n�o foi repassado ao ministro.
Ao longo da sess�o desta manh�, Napole�o demonstrou um semblante fechado. Em certo momento, os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux foram at� a sua cadeira para conversar e bater em seu ombro. Na edi��o desta sexta-feira, o jornal Valor Econ�mico publicou que Napole�o teria sido citado em conversas de executivos da empreiteira OAS em acordos pr�vios de dela��o.
Na colabora��o premiada da JBS, um delator levantou suspeita sobre o ministro. O executivo da JBS Francisco de Assis e Silva, disse em sua dela��o que Napole�o teria intercedido em favor da JBS em a��o contra Joesley Batista e contra a Eldorado Celulose, empresa da holding J&F. O caso foi mencionado no �mbito da Opera��o Greenfield. O ministro afirma que n�o conhece os envolvidos e que n�o interferiu em assuntos relacionados � Eldorado.
Durante o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, o ministro � um dos que defendem a exclus�o de todas as dela��es feitas recentemente na an�lise das contas da campanha presidencial. Desde a confus�o de tentativa de entrada do filho no plen�rio, Napole�o n�o voltou ao julgamento.
A assessoria de imprensa do TSE informou que o filho do ministro foi barrado na porta do plen�rio por n�o estar vestido de palet� e gravata, uma exig�ncia dos tribunais. Ele foi acompanhado pela seguran�a e por assessores do ministro at� a entrada privativa para encontrar com o pai, ressaltou a assessoria.