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Estado de Minas

Em voto sobre Andrea Neves, Barroso diz que 'modus operandi' continuava

Segundo o ministro, os que se beneficiavam de esquemas de corrup��o estavam certos de n�o serem alcan�ados pela Justi�a


postado em 14/06/2017 11:37 / atualizado em 14/06/2017 11:51

O ministro do Supremo Tribunal Federal Lu�s Roberto Barroso ressaltou, na ter�a-feira (13) em voto favor�vel � manuten��o da pris�o preventiva de Andrea Neves, irm� do senador A�cio Neves (PSDB-MG), que, mesmo depois do julgamento do Mensal�o e ap�s a deflagra��o da Lava-Jato, o "modus operandi" da corrup��o continuou o mesmo, "movido pela certeza de que os que dela se beneficiavam jamais seriam alcan�ados pela Justi�a".

Andrea � suspeita de intermediar pagamento de propina de R$ 2 milh�es ao irm�o, que foi afastado do cargo. Ela foi presa em 18 de maio na Opera��o Patmos, desdobramento da Lava Jato.

"Tudo isso em meio � maior opera��o de corrup��o jamais deflagrada no Pa�s. Tudo a revelar qu�o grande � o risco para a conveni�ncia da instru��o criminal com a coloca��o em liberdade da acusada. Depois do mensal�o, depois de tr�s anos de Lava Jato, o modus operandi continuava da mesma forma, como se nada tivesse acontecido e como se o risco de serem alcan�ados pela Justi�a inexistisse", afirmou o ministro Barroso.

Por 3 votos a 2, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu manter na pris�o de Andrea. Al�m de Barroso, foram favor�veis � manuten��o dela atr�s das grades os ministros Luiz Fux e Rosa Weber. Alexandre de Moraes e o relator Marco Aur�lio Mello defenderam a revoga��o da puni��o.

"� imposs�vel n�o destacar o fato de que todos esses comportamentos se deram anos ap�s o julgamento da A��o Penal 470 (Mensal�o) e depois de tr�s anos de vig�ncia da Opera��o Lava Jato. Vale dizer: o modus operandi da corrup��o continuou o mesmo, movido pela certeza de que os que dela se beneficiavam jamais seriam alcan�ados pela justi�a. � preciso restabelecer o imp�rio da lei, da lei que vale para todos, independentemente de cargos e da fortuna de cada um", afirmou o magistrado.

Em deu voto, Barroso ainda destacou a "habitualidade" com a qual Andrea "operava". "Neste ponto, de se ressaltar que os di�logos transcritos demonstram que Andrea Neves pediu os R$ 2.000.000,00 (dois milh�es de reais) para o irm�o e ouviu de Joesley Batista que aquela opera��o daria errado caso n�o mascarassem o recebimento do dinheiro como fizeram na campanha de 2014."

Na defesa encaminhada ao Supremo, a defesa de Andrea argumentou que ela n�o poderia ter sido presa por eventuais il�citos cometidos pelo seu irm�o.

Investiga��o


Segundo um dos depoimentos do delator Joesley Batista, da JBS, Andrea pediu R$ 40 milh�es, "que seriam para comprar um apartamento da m�e", no Rio. Nesse contexto, ele explicou que pediu a A�cio a nomea��o de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras, para presidir a Vale.

O dono da JBS explicou que, com a nomea��o de Bendine, "resolveria o problema dos R$ 40 milh�es pedidos por Andrea". Mas A�cio, segundo ele, disse que j� havia indicado outra pessoa para a vaga, dando a ele a oportunidade de escolher qualquer uma das outras diretorias da mineradora. O tucano teria dito para o delator esquecer o pedido milion�rio da irm�, pois todos os contatos seriam feitos com ele pr�prio.

O depoimento de Joesley diz que A�cio teria pedido v�rias quantias a ele. Chegou, por exemplo, a vender um apartamento superfaturado, de R$ 17 milh�es, a uma pessoa indicada pelo senador para passar o dinheiro a ele.

Na ter�a-feira, 13, o senador afastado A�cio Neves (PSDB-MG) afirmou que sua irm� Andrea Neves "jamais foi respons�vel por algum tipo de iniciativa il�cita ou que oferecesse obstru��o a quaisquer procedimentos por parte da Justi�a."

Antes, em maio, a defesa de A�cio justificou, em nota, que a conversa com Joesley se referia a uma rela��o entre "pessoas privadas", sem a negocia��o de contrapartidas, ato ilegal ou rela��o com o poder p�blico. "Tratou-se �nica e exclusivamente de uma rela��o entre pessoas privadas, em que o senador solicitou apoio para cobrir custos de sua defesa, j� que n�o dispunha de recursos para tal", afirmou o advogado Jos� Eduardo Alckmin na ocasi�o.


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