O presidente Michel Temer vai processar o empres�rio Joesley Batista, de acordo com nota divulgada pelo Pal�cio do Planalto neste s�bado. O texto acusa Joesley de proteger "os reais parceiros de sua trajet�ria de pilhagens" e os "grandes tent�culos da organiza��o criminosa" que ele ajudou a forjar, numa refer�ncia aos governos do Partido dos Trabalhadores (PT).
O texto da Presid�ncia diz que Joesley � o "bandido not�rio de maior sucesso na hist�ria brasileira" e que ele "desfia mentiras em s�rie" na entrevista. "O presidente tomar� todas medidas cab�veis contra esse senhor. Na segunda-feira, ser�o protocoladas a��es civil e penal contra ele. Suas mentiras ser�o comprovadas e ser� buscada a devida repara��o financeira pelos danos que causou, n�o somente � institui��o Presid�ncia da Rep�blica, mas ao Brasil", afirma o texto, acrescentando que o governo n�o ser� impedido de apurar e responsabilizar Joesley por todos os crimes que praticou, "antes e ap�s a dela��o".
Segundo o Planalto, a maior prova das "inverdades" do empres�rio � a pr�pria grava��o que ele apresentou � Justi�a e ao Minist�rio P�blico Federal (MPF) em troca do perd�o de crimes que somariam mais de 2 mil anos de deten��o, conforme mostrou mat�ria do Estado de S�o Paulo publicada no in�cio do m�s. A nota cita que, na entrevista, Joesley diz que Temer sempre pede algo a ele nas conversas que tiveram. "N�o � do feitio do presidente tal comportamento mendicante. Quando se encontraram, n�o se ouve ou se registra nenhum pedido do presidente a ele. E, sim, o contr�rio", completa.
De acordo com o texto, era Joesley quem queria resolver seus problemas no governo e que, ao bater �s portas do Pal�cio do Jaburu, disse que n�o se encontrava havia mais de 10 meses com o presidente e reclamou de ter portas fechadas na administra��o federal. "N�o foi atendido antes, muito menos depois."
O Planalto admite que, na grava��o, ao delatar o presidente, o empres�rio "confessa alguns de seus pequenos delitos" e alcan�ou, com isso "o perd�o por todos os seus crimes".
O texto destaca que o grupo JBS obteve seu primeiro financiamento no BNDES em 2005, ou seja, na gest�o petista. Dois anos depois, teve faturamento de R$ 4 bilh�es, valor que saltou para R$ 183 bilh�es em 2016, o que o Planalto atribui a uma rela��o constru�da com governos do passado, antes da chegada de Temer. "Toda essa hist�ria de 'sucesso' � preservada nos depoimentos e nas entrevistas do senhor Joesley Batista. Os reais parceiros de sua trajet�ria de pilhagens, os verdadeiros contatos de seu submundo, as conversas realmente comprometedoras com os sic�rios que o acompanhavam, os grandes tent�culos da organiza��o criminosa que ele ajudou a forjar ficam em segundo plano, estrategicamente protegidos", completa.
A nota lembra ainda que o BNDES impediu a transfer�ncia do domic�lio fiscal do grupo JBS para a Irlanda, o que levou a perdas acion�rias da fam�lia Batista na bolsa de valores e os manteve ao alcance das autoridades brasileiras. "Havia milh�es de raz�es para terem �dio do presidente e de seu governo".
O texto acusa ainda o empres�rio de ter vazado o conte�do da dela��o para obter "ganhos milion�rios com suas especula��es", cometendo "ilegalidades em s�rie" no mercado de c�mbio, comprando um bilh�o de d�lares e jogando contra o real, vendendo a��es em alta e proporcionando ao Pa�s um preju�zo de quase R$ 300 bilh�es. "Os fatos elencados demonstram que o senhor Joesley Batista � o bandido not�rio de maior sucesso na hist�ria brasileira. Conseguiu enriquecer com pr�ticas pelas quais n�o responder� e mant�m hoje seu patrim�nio no exterior com o aval da Justi�a. Imputa a outros os seus pr�prios crimes e preserva seus reais s�cios", completa.
A nota lembra ainda que Joesley obteve perd�o por seus delitos e ganhou prazo de 300 meses para devolver o dinheiro da corrup��o. "Pagar�, anualmente, menos de um dia do faturamento de seu grupo para se livrar da cadeia. O cidad�o que renegociar os impostos com a Receita Federal, em situa��o leg�tima e legal, n�o conseguir� metade desse prazo e pagar� juros muito maiores", completa.
Leia a �ntegra:
Nota � Imprensa
Em 2005, o Grupo JBS obteve seu primeiro financiamento no BNDES. Dois anos depois, alcan�ou um faturamento de R$ 4 bilh�es. Em 2016, o faturamento das empresas da fam�lia Batista chegou a R$ 183 bilh�es. Rela��o constru�da com governos do passado, muito antes que o presidente Michel Temer chegasse ao Pal�cio do Planalto. Toda essa hist�ria de "sucesso" � preservada nos depoimentos e nas entrevistas do senhor Joesley Batista.
Os reais parceiros de sua trajet�ria de pilhagens, os verdadeiros contatos de seu submundo, as conversas realmente comprometedoras com os sic�rios que o acompanhavam, os grandes tent�culos da organiza��o criminosa que ele ajudou a forjar ficam em segundo plano, estrategicamente protegidos.
Ao bater �s portas do Pal�cio do Jaburu depois de 10 meses do governo Michel Temer, o senhor Joesley Batista disse que n�o se encontrava havia mais de 10 meses com o presidente. Reclamou do Minist�rio da Fazenda, do CADE, da Receita Federal, da Comiss�o de Valores Mobili�rios, do Banco Central e do BNDES. Tinha, segundo seu pr�prio relato, as portas fechadas na administra��o federal para seus intentos. Qualquer pessoa pode ouvir a grava��o da conversa na internet para comprov�-lo.
Em rela��o ao BNDES, � preciso lembrar que o banco impediu, em outubro de 2016, a transfer�ncia de domic�lio fiscal do grupo para a Irlanda, um excelente neg�cio para ele, mas p�ssimo para o contribuinte brasileiro. Por causa dessa decis�o, a fam�lia Batista teve substanciais perdas acion�rias na bolsa de valores e continuava ao alcance das autoridades brasileiras. Havia milh�es de raz�es para terem �dio do presidente e de seu governo.
Este fim de semana, em entrevista � revista �poca, esse senhor desfia mentiras em s�rie. A maior prova das inverdades desse � a pr�pria grava��o que ele apresentou como documento para conseguir o perd�o da Justi�a e do Minist�rio P�blico Federal por crimes que somariam mais de 2000 mil anos de deten��o. Em entrevista, ele diz que o presidente sempre pede algo a ele nas conversas que tiveram. N�o � do feitio do presidente tal comportamento mendicante. Quando se encontraram, n�o se ouve ou se registra nenhum pedido do presidente a ele. E, sim, o contr�rio. Era Joesley quem queria resolver seus problemas no governo, e pede seguidamente. N�o foi atendido antes, muito menos depois.
Ao delatar o presidente, em grava��o que confesa alguns de seus pequenos delitos, alcan�ou o perd�o por todos seus crimes. Em seguida, cometeu ilegalidades em s�rie no mercado de c�mbio brasileiro comprando um bilh�o de d�lares e jogando contra o real, moeda que financiou seu enriquecimento. Vendeu a��es em alta, dando preju�zo aos acionistas que acreditaram nas suas empresas. Proporcionou ao pa�s um preju�zo estimado em quase R$ 300 bilh�es logo ap�s vazar o conte�do de sua dela��o para obter ganhos milion�rios com suas especula��es.
Os fatos elencados demonstram que o senhor Joesley Batista � o bandido not�rio de maior sucesso na hist�ria brasileira. Conseguiu enriquecer com pr�ticas pelas quais n�o responder� e mant�m hoje seu patrim�nio no exterior com o aval da Justi�a. Imputa a outros os seus pr�prios crimes e preserva seus reais s�cios. Obt�m perd�o pelos seus delitos e ganha prazo de 300 meses para devolver o dinheiro da corrup��o que o tornou bilion�rio, e com juros subsidiados. Pagar�, anualmente, menos de um dia do faturamento de seu grupo para se livrar da cadeia. O cidad�o que renegociar os impostos com a Receita Federal, em situa��o leg�tima e legal, n�o conseguir� metade desse prazo e pagar� juros muito maiores.
O presidente tomar� todas medidas cab�veis contra esse senhor. Na segunda-feira, ser�o protocoladas a��es civil e penal contra ele. Suas mentiras ser�o comprovadas e ser� buscada a devida repara��o financeira pelos danos que causou, n�o somente � institui��o Presid�ncia da Rep�blica, mas ao Brasil. O governo n�o ser� impedido de apurar e responsabilizar o senhor Joesley Batista por todos os crimes que praticou, antes e ap�s a dela��o.
Secretaria Especial de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica