O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, disse, em nota, que a C�mara dos Deputados n�o pode "continuar agindo com cinismo" e precisa pautar "com urg�ncia" a an�lise dos pedidos de impeachment protocolados na Casa, um deles da pr�pria entidade.
A nota foi divulgada ap�s publica��o de entrevista do empres�rio Joesley Batista pela Revista �poca neste fim de semana em que ele afirma que o presidente Michel Temer � "chefe de organiza��o criminosa". "A C�mara dos Deputados n�o pode continuar agindo com cinismo, como se nada estivesse acontecendo no Pa�s. O presidente da C�mara deve satisfa��o � popula��o e, por isso, precisa pautar com urg�ncia a an�lise dos pedidos de impeachment", pede o presidente da OAB.
Lamachia argumenta ainda que o Brasil n�o pode continuar pagando a conta das atitudes "pouco republicanas" tomadas pelos ocupantes do poder. Ele ressalta que as autoridades investigadas devem ter direito � ampla defesa, mas que isso n�o significa que as institui��es chefiadas por essas autoridades precisem "ficar sangrando" at� o fim do processo, causando preju�zo � sociedade e ao Pa�s. "� preciso proteger as institui��es", completou.
No fim de maio, a OAB entregou � C�mara pedido de impeachment do presidente, o que, segundo a entidade, foi feito ap�s uma an�lise t�cnico-jur�dica que concluiu que est�o presentes elementos que configuram crime de responsabilidade, assim como ocorreu com a presidente Dilma Rousseff. "O pr�prio presidente tornou os fatos incontroversos ao confirmar a conversa com Joesley Batista em que o empres�rio lhe relatou uma s�rie de il�citos. Nada ter feito ap�s receber essas informa��es � crime de responsabilidade e, segundo a Constitui��o, deve ser punido com impeachment", acrescentou Lamachia.
O presidente da OAB disse ainda que a lei deve ser aplicada rigorosamente a todos, independentemente do cargo ocupado, e que um futuro melhor para o Brasil depende do respeito � lei e �s institui��es. "Sem o resgate moral das institui��es - e esse processo come�a pela Presid�ncia da Rep�blica -, o Pa�s n�o emergir� da crise", concluiu.