Em nova reuni�o tumultuada sobre a reforma trabalhista na manh� desta quarta-feira (21), o l�der do governo e relator do texto, senador Romero Juc� (PMDB-RR) provocou a oposi��o, dizendo que, se eles t�m os votos para derrubar a proposta, deveriam querer vot�-la rapidamente. “A oposi��o est� sendo contradit�ria, porque se diz que tem os votos, que pode parar (o projeto), por que n�o bota para votar logo para derrotar n�s (sic)? Voc�s n�o tem voto?”, questionou. Depois de muito debate, a oposi��o conseguiu aprovar uma audi�ncia p�blica sobre o tema na pr�xima ter�a-feira (27), um dia antes da data prevista para a vota��o.
A fala de Juc� foi em resposta a uma tentativa dos opositores do governo do presidente Michel Temer (PMDB), que tentavam aprovar uma audi�ncia p�blica para debater o texto antes de vot�-lo na CCJ. O acordo fechado na ter�a-feira foi para que a vota��o ocorra no dia 28 de junho.
Na sua defesa por mais debate sobre a mat�ria, a senadora Gleisi Hoffman (PT-RS) afirmou a Juc�: “Se voc�s tivessem tanta certeza vit�ria da mat�ria tinham ganhado ontem”, e disse que a oposi��o pode adotar outras medidas caso n�o haja acerto. Ela emendou que n�o h� impedimento em aprovar uma audi�ncia. “Fundamental � votar na quarta-feira, n�o importa a hora”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE).
O l�der do PT, Lindbergh Farias, prop�s que os votos em separados sejam lidos na comiss�o de 10h �s 16h. Depois, os opositores pediram que a reuni�o seja ordin�ria para poder ser interrompida quando come�ar a funcionar o plen�rio da Casa. Pelo definido pela CCJ, a reuni�o come�ar� 9h45 como extraodin�ria, para que n�o haja interrup��es com a ordem do dia em plen�rio.
Juc� disse que se houver entendimento de que est� havendo alguma a��o para impedir a vota��o no dia 28 ir� tomar medidas para garantir a aprova��o na comiss�o.
O presidente da comiss�o, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que passou a reuni�o tentando mediar os conflitos, confirmou o acordo para manter a reuni�o de vota��o na pr�xima quarta-feira (28). O tucano perguntou a Juc� se seria poss�vel uma audi�ncia na ter�a-feira e Juc� disse que, embora n�o seja permitido pelo regimento da Casa, aceita a audi�ncia.