A Pol�cia Federal concluiu nesta sexta-feira (23/6) a per�cia do �udio gravado durante uma conversa entre o presidente da Rep�blica, Michel Temer, e o empres�rio Joesley Batista, dono da JBS. Os peritos apontam que a grava��o n�o sofreu edi��es e que o conte�do da conversa, apresentado por Joesley, est� �ntegro. Durante a an�lise, foram identificados 180 interrup��es. No entanto, essas pausas na capta��o do �udio ocorrem por conta de um dispositivo do gravador, que interrompe a capta��o do �udio nos momentos de sil�ncio e retoma a grava��o quando o som � identificado.
Na conversa, Temer indica dar aval para a compra do sil�ncio do ex-presidente da C�mara, Eduardo Cunha, que est� preso em Curitiba. O relat�rio com a conclus�o dos trabalhos de per�cia pode ser enviado a qualquer momento para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Outro ponto que pode complicar a vida do chefe do Executivo Federal, � que os peritos da PF conseguiram tornar aud�veis v�rios trechos da grava��o nos quais n�o se conseguia entender o di�logo entre ele e Joesley. Desta forma, podem surgir novas evid�ncias de uma liga��o mais aprofundada do peemedebista com o empres�rio.
Na noite de quinta-feira (22/6), o ministro Edson Fachin, do STF, determinou que a PF enviasse o relat�rio com os resultados da per�cia assim que os trabalhos fossem conclu�dos. No come�o da semana, a corpora��o solicitou um prazo de mais 5 dias para concluir o trabalho de investiga��o. A PF j� enviou ao Supremo um relat�rio parcial, onde afirma que o presidente Michel Temer cometeu atos de corrup��o passiva.
De acordo com o relat�rio da pol�cia, Temer recebeu pagamentos de vantagens indevidas do grupo J&F, controlador dos frigor�ficos JBS. O documento, direcionado ao ministro Edson Fachin, destaca que o ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures, e o presidente receberam o pagamento indevido "remotamente, em raz�o de interfer�ncia ou de suposta interfer�ncia no andamento de processo administrativo em tr�mite na Conselho Administrativa de Defesa e Econ�mica (CADE)".