Bras�lia - O presidente Michel Temer estava no Pal�cio do Jaburu acompanhando a vota��o da reforma trabalhista na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a do Senado e comemorou o resultado. "Os 16 a 9 votos na CCJ do Senado na Moderniza��o Trabalhista comprovam que a base do governo continua firme e forte", disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
O Pal�cio do Planalto j� vinha considerando o dia positivo desde mais cedo. Primeiro, com a repercuss�o da dura fala de Temer na v�spera, em rea��o � decis�o do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, de denunci�-lo. O apoio dos parlamentares no dia anterior e a romaria de deputados e senadores durante a quarta-feira sinalizavam que o presidente estava no caminho certo, informavam interlocutores, que j� consideravam que o peemedebista tinha "sa�do das cordas".
Disseram, por exemplo, que deputados e senadores pediam c�pia do pronunciamento de Temer, do dia anterior, que serviria de embasamento para a defesa do governo e deles pr�prios, para votar a favor do presidente, em suas bases.
"A onda est� virando", comentou um outro assessor palaciano, ao listar resultados positivos de ontem. Nas redes sociais, a repercuss�o era considerada muito boa porque os coment�rios endossavam as cr�ticas de Temer a Janot, principalmente condenando o acordo que beneficiou o empres�rio Joesley Batista, da JBS.
Outra vit�ria do governo foi a sa�da de Renan Calheiros da lideran�a do PMDB. Tamb�m foi considerado dado positivo o ministro do STF Edson Fachin n�o ter concedido os 15 dias que Janot queria para Temer se defender no Supremo, o que consideram apenas mais uma manobra do procurador para postergar a tramita��o da den�ncia.
Temer continua com pressa para votar e derrubar a proposta. Est� convencido de que tem os votos necess�rios para rejeitar a den�ncia. A nomea��o de Raquel Dodge, a primeira mulher a assumir o cargo de procuradora-geral da Rep�blica tamb�m foi considerada uma boa nova.
Por fim, agradou o numero de votos maior do que o esperado pelo governo, que chegou a pensar que poderia ser pelo apertado placar de 14 a 12. Depois de um m�s de bombardeio dia p�s dia, o presidente, de acordo com auxiliares, poderia dormir aliviado. Mas tanto Temer, quanto seus assessores sabem que novos petardos est�o sendo preparados por Janot - e muitas outras batalhas ter�o de ser vencidas.