Apesar das press�es que vem sofrendo do Pal�cio do Planalto, o presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara dos Deputados, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), garantiu nesta segunda-feira que escolher� com “isen��o” o relator da den�ncia contra o presidente Michel Temer. O nome do parlamentar que dar� o parecer, primeiro passo para a tramita��o do pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) na Casa, ser� anunciado em reuni�o da CCJ �s 14h30 desta ter�a-feira (4).
“Vai ser algu�m moderado, com perfil t�cnico e conhecimento jur�dico para conduzir com a maior isen��o poss�vel esse procedimento. N�o abro m�o de conduzir essa quest�o com isen��o e nada me far� deixar de agir desta forma”, afirmou Pacheco ao Estado de Minas.
Temer foi denunciado ao STF por corrup��o passiva, mas, para que o processo seja aberto, � preciso que a C�mara dos Deputados autorize com o voto de 342 deputados, dois ter�o dos 513 da Casa.
O presidente da CCJ n�o quis antecipar as op��es para escolha, mas afirmou que o nome pode ser do PMDB ou at� mesmo da oposi��o. “Vou levar mais em considera��o muito mais o perfil da pessoa do que essa quest�o partid�ria”, afirmou.
A base do governo Temer pressiona para que seja um deputado “chapa branca”, alinhado com Temer. Nos bastidores o nome preferido seria o do ex-prefeito de Gravata� Jones Martins (PMDB-RS), suplente do ministro do Desenvolvimento Social e Agr�rio Osmar Terra (PMDB-RS).
Pacheco admite sofrer press�o, mas diz que n�o ser� influenciado por ela. “� natural a pretens�o da base neste sentido, como � natural que a oposi��o atue em sentido contr�rio, mas n�o abro m�o crit�rios que decidi, sem interfer�ncia do governo ou da oposi��o. N�o posso antecipar, mas ser� um bom nome, que re�ne boas condi��es”, disse.
Sem rusgas
Em Belo Horizonte, onde participa de reuni�es na base nesta segunda-feira, Pacheco nega ter qualquer rusga com o presidente Michel Temer, que o preteriu na escolha para o Minist�rio da Justi�a, quando ele foi indicado pela bancada do PMDB mineiro para o cargo. “Tenho respeito com o presidente da Rep�blica. A den�ncia tem que ser considerada com base em provas do inqu�rito, n�o s� na narrativa, e, al�m disso, na defesa t�cnica, s� a� formarei convic��o sobre o caso”, afirmou.
Cargo em furnas n�o � meu
O deputado federal mineiro negou ter sido beneficiado com uma indica��o para a presid�ncia de Furnas �s v�speras da decis�o, na semana passada. Foi escolhido pelo Planalto J�lio Cesar Andrade para substituir Ricardo Medeiros. O nome seria uma demanda de Rodrigo Pacheco. “A indica��o para a presid�ncia de Furnas � do PMDB de Minas, n�o � minha, e aconteceu h� muito tempo, isso n�o procede”, disse.