Bras�lia - O ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, preso na segunda-feira, 3, pela Pol�cia Federal em Salvador, foi transferido para Bras�lia na madrugada desta ter�a-feira, 4, e est� detido na Superintend�ncia da Pol�cia Federal.
No pedido enviado � Justi�a, a PF e o Minist�rio P�blico Federal sustentam que Geddel tem agido para atrapalhar as investiga��es. O objetivo seria evitar que o ex-presidente da C�mara, Eduardo Cunha, e o pr�prio L�cio Funaro firmem acordo de colabora��o.
A pris�o foi baseada nos depoimentos do operador Lucio Funaro e do empres�rio e delator Joesley Batista no �mbito da Cui Bono e atende a pedido da Pol�cia Federal e da For�a-Tarefa Greenfield - que tamb�m � respons�vel pelas opera��es S�psis e Cui Bono.
A pris�o de Geddel, um amigo pessoal de Temer h� mais de 30 anos, reacendeu a preocupa��o com a crise pol�tica, uma vez que a semana havia come�ado em um clima mais “tranquilo”, nas palavras de um aliado. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sexta-feira, devolver as fun��es parlamentares de A�cio Neves (PSDB-MG) ao Senado e soltar o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). O Planalto avaliava, ent�o, que poderia se concentrar nas articula��es com a base para ter voto suficiente na C�mara para barrar a den�ncia por corrup��o passiva apresentada por Janot contra Temer.
O Pal�cio do Planalto agora se preocupa com poss�veis investidas do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Investigados na Opera��o Lava Jato, eles s�o os auxiliares mais pr�ximos do presidente Michel Temer. A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) pode agora tentar acelerar as apura��es contra os dois peemedebistas, na avalia��o de assessores do Planalto.