A Pol�cia Federal (PF) cumpre nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, quatro mandados judiciais de condu��es coercitivas s�o cumpridos nesta quarta-feira (5), sendo 3 mandados de busca e apreens�o e um de condu��o coercitiva. A A��o da PF � um desdobramento da Opera��o Ponto Final, bra�o da Lava-Jato no Rio de Janeiro. Ainda n�o h� informa��es sobre as identidades dos alvos, mas as equipes de agentes da PF seguem em endere�os em Ipanema, na Zona Sul da cidade.
Na ter�a-feira (4), foi divulgado um balan�o da Opera��o Final. Segundo a Pol�cia Federal, dez pessoas foram presas no Rio e uma em Santa Catarina. Foram apreendidos R$ 2,3 milh�es, 17 mil euros , US$ 8 mil e 49 caixas com objetos valiosos. Todo material passar� por per�cia.
Propina
A Ponto Final investiga pagamento de propina de mais de R$ 260 milh�es a pol�ticos e agentes p�blicos. Um dos principais empres�rios do ramo no estado do Rio, Jacob Barata filho, foi preso ainda na noite de domingo, 2, no aeroporto Internacional Tom Jobim, tentando embarcar para Portugal. Tamb�m foram presos na segunda o presidente-executivo da Fetranspor L�lis Teixeira e o ex-presidente do Detro Rog�rio Onofre.
Durante as investiga��es, foi poss�vel identificar v�rios n�cleos e operadores financeiros da organiza��o criminosa. Nos depoimentos prestados ao Minist�rio P�blico Federal, foram confirmados os pagamentos de propinas nos moldes dos realizados pelas empreiteiras, s� que dessa vez no setor de transporte p�blico - com o objetivo de garantir tarifas e contratos com o Governo do Estado do Rio.
As investiga��es contaram com depoimentos prestados em sede de colabora��o premiada, que detalharam a forma como era feita a cust�dia do dinheiro em esp�cie em transportadoras de valores para a posterior distribui��o de propina a pol�ticos e agentes p�blicos. Por meio de documentos e planilhas com registros da distribui��o de propina entregues, os colaboradores permitiram identificar a estrutura montada pelas empresas de �nibus e Fetranspor para obter vantagens indevidas nos contratos p�blicos firmados.
De acordo com as investiga��es, entre 2010 e 2016, S�rgio Cabral recebeu R$ 122,85 milh�es. J� Rog�rio Onofre, ex-presidente do Detro, recebeu R$ 44,1 milh�es em propinas pagas pelas empresas de �nibus.
A��o
Luiz Carlos Bezerra, apontado pelos investigadores como operador financeiro de S�rgio Cabral, confessou voluntariamente que recolhia propina na sede da empresa Flores em S�o Jo�o de Meriti. Bezerra admitiu tamb�m que codinomes como "Jardim", "Flowers" e "Garden" constantes de anota��es de contabilidade feitas em agendas, apreendidas durante a deflagra��o da Opera��o Calicute, em novembro de 2016, eram referentes � Companhia Via��o Flores, cujo s�cio administrador � o empres�rio Jos� Carlos Reis Lavouras - s�cio tamb�m de mais 13 empresas ligadas ao ramo de transporte. Lavouras tamb�m figura como membro do Conselho de Administra��o da Riopar Participa��es SA (Bilhete �nico e Riocard) juntamente com o empres�rio Jacob Barata Filho (na condi��o de presidente) e L�lis Marcos Teixeira (como secret�rio da mesa apuradora).
Para o Minist�rio P�blico Federal, o esquema de corrup��o encontra-se organizado a partir de quatro n�cleos b�sicos: n�cleo econ�mico, formado pelos executivos das empresas organizadas em cartel; o n�cleo administrativo, composto por gestores p�blicos do governo do Estado, os quais solicitaram/receberam propinas; n�cleo operacional cuja principal fun��o era promover a lavagem de dinheiro desviado; e n�cleo pol�tico, integrado pelo l�der da organiza��o S�rgio Cabral.
A Opera��o Ponto Final decorre das investiga��es das Opera��es Calicute e Efici�ncia. ( Com Ag�ncia Estado)