
Goi�nia (GO) - A candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ao Pal�cio do Planalto em 2018 seria um desservi�o ao Brasil, na opini�o do ex-ministro e ex-governador do Cear� Ciro Gomes (PDT). Tamb�m pr�-candidato � presid�ncia da Rep�blica, Gomes avaliou que o pa�s precisa "desesperadamente" discutir o futuro e participar do processo eleitoral com uma senten�a polarizaria o debate.
O pol�tico cearense, que foi um dos palestrantes do Encontro Nacional de Estudantes de Economia (Eneco) realizado em Goi�nia (GO), ressaltou que o pa�s precisa de profundas mudan�as. "O grupo dele acha que h� um golpe e que ele � perseguido pela Justi�a. O outro lado acha que a pena imposta foi pequena. Com isso, voc� n�o ter� um debate sobre as condi��es de sa�de, educa��o e viol�ncia que inferniza a sociedade brasileira. Ser� amor e �dio ao Lula", ressaltou.
Apesar das cr�ticas ao petista, ele n�o v� problemas em ter o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad (PT-SP) como eventual vice-presidente em sua chapa presidencial. "O PT � o que todos os partidos s�o. Tem coisas boas e ruins. N�o � partido que est� condenado. N�o pretendo ser ditador do Brasil. Se um dia for candidato a presidente eu quero presidir o pa�s. E quero faz�-lo em di�logo com todas as for�as organizadas do pa�s. E o PT � uma for�a organizada importante”, destacou.
Coaliza��o
Apesar disso, o pedetista avaliou que construir uma grande coaliza��o de esquerda seria pouco para transformar o Brasil. Conforme Gomes, � necess�ria uma coaliza��o de centro-esquerda. "Basicamente, meu projeto fala para quem produz e para quem trabalha. E acho que � poss�vel construir um grande consenso nacional pragm�tico em rela��o a isso", comentou.
"Est� na hora de o PT, do PSDB e do PMDB darem um tempo. Esses partidos precisam sair um pouco de cena e deixar o pa�s experimentar outro projeto", disse.
Apesar de estar disposto a dialogar com diversas siglas, Gomes decretou que n�o dividiria o palanque com o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), por exemplo. "Em hip�tese alguma isso aconteceria. Ele votou em mim para presidente da Rep�blica, mas o que ele representa hoje � uma coisa absolutamente intoler�vel para um pa�s como o nosso que o povo est� t�o exasperado e machucado", sacramentou.
* O rep�rter viajou a convite do evento