Os atritos come�aram no auge da crise pol�tica. Com Temer acuado no Pal�cio do Planalto, o PSDB passou a articular a candidatura do senador Tasso Jereissati (CE) � Presid�ncia em caso de elei��o indireta, enquanto o DEM defendia a "op��o" Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da C�mara.
Os dois lados avaliam que o peemedebista deve conseguir barrar a den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica contra ele na C�mara por corrup��o passiva. A vota��o na Casa da aceita��o ou n�o da den�ncia est� marcada para 2 de agosto.
H� d�vidas, por�m, se Temer conseguiria sobreviver a uma segunda den�ncia. A estrat�gia do DEM � reduzir a resist�ncia do PSDB a uma eventual administra��o Maia no Pal�cio do Planalto e elaborar uma agenda comum para agir em bloco caso o presidente consiga se manter no cargo at� 2018. "O governo precisa enfrentar as reformas da Previd�ncia e pol�tica dentro do menor espa�o de tempo poss�vel para super�-las. Precisa encontrar o caminho da aprova��o das reformas pol�tica e previdenci�ria", disse � reportagem o senador Jos� Agripino Maia (RN), presidente do DEM.
O jantar no Pal�cio dos Bandeirantes, anteontem, com dirigentes do DEM, reuniu, al�m de Agripino, o presidente da C�mara, o ministro da Educa��o, Mendon�a Filho, o deputado Efraim Filho (PB), o secret�rio de Habita��o do Estado, Rodrigo Garcia, e o prefeito de Salvador, ACM Neto.
Coer�ncia
"N�s temos uma parceria que n�o � de hoje, uma parceria antiga do PSDB com o Democratas. No tempo do presidente Fernando Henrique tivemos sempre um trabalho conjunto. Nos governos do PT mantivemos a coer�ncia de exercemos um papel importante de oposi��o - � t�o patri�tico ser governo quanto oposi��o", afirmou Alckmin nesta ter�a.
No jantar, o governador paulista disse que o PSDB s� deve desembarcar do governo federal ap�s a aprova��o da reforma da Previd�ncia - a proposta j� foi aprovada em comiss�o na C�mara e aguarda para ser pautada no plen�rio.
Para integrantes da c�pula do DEM, o posicionamento dos tucanos demonstrou que eles temem desembarcar sozinhos. J� os l�deres do DEM previram que somente uma poss�vel nova den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica com teor muito contundente teria potencial de derrubar Temer. Nesse cen�rio, a c�pula do partido informou que permanecer� na base e seguir� "monitorando" a situa��o do governo.
'Di�logo'
Um eventual afastamento de Temer da Presid�ncia beneficiaria diretamente o partido. Isso porque quem assumiria o Pa�s seria Rodrigo Maia. "Foi um encontro para mantermos o canal de di�logo aberto", afirmou o l�der do DEM na C�mara, Efraim Filho.
A conversa tamb�m abordou o futuro pol�tico das duas legendas. O ministro da Educa��o, Mendon�a Filho, disse que h� espa�o para um partido "reformista de centro" e que espera "sinergia" entre o DEM e o PSDB. "Sintonizarmos nossas posi��es e preocupa��es", afirmou Agripino Maia.