Bras�lia - Deputados integrantes da base que se mantiveram fi�is ao presidente Michel Temer v�o cobrar puni��o a partidos e parlamentares aliados que "tra�ram" o peemedebista e votaram favoravelmente � aceita��o da den�ncia por corrup��o passiva oferecida pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra ele.
A artilharia mais pesada ser� contra o PSDB, legenda que tem quatro minist�rios, mas cuja maioria dos deputados votou nesta quarta-feira, 2, pela aceita��o da den�ncia contra o presidente. Os fi�is v�o cobrar que Temer retire dos tucanos o comando do Minist�rio das Cidades, hoje nas m�os do deputado Bruno Ara�jo (PSDB-PE). A pasta � cobi�ada principalmente pelas bancadas do PSD e do PMDB, partido de Temer, em raz�o da sua capilaridade pol�tica.
A avalia��o de parlamentares do Centr�o � de que os tucanos n�o podem comandar tantos minist�rios importantes ao mesmo tempo em que fazem amea�as de desembarque e duras cr�ticas a Temer desde que a dela��o da JBS atingiu o presidente. A reclama��o contra os tucanos feita nos bastidores ainda durante a vota��o foi externada pelo deputado Laerte Bessa (PR-DF). "Tenham hombridade e devolvam os cargos", disse o parlamentar.
Nas rodas de conversa, deputados do Centr�o e ligados ao presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), j� davam como certo que Temer vai tirar o PSDB do Minist�rio das Cidades. A principal aposta � de que a pasta vai para o PSD, que hoje comanda o Minist�rio das Comunica��es, com Gilberto Kassab. H� quem acredite, por�m, que Temer dever� manter a Secretaria de Habita��o, que cuida do Minha Casa Minha Vida, com tucanos.
Rea��o
Integrantes do Centr�o marcaram uma s�rie de reuni�es para hoje, para avaliar o mapa de vota��es e organizar a rea��o. No Centr�o, h� parlamentares que querem, at� mesmo, a sa�da do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Ele � filiado ao PSB, partido cuja grande maioria da bancada votou contra Temer.
Dissidente, o ministro deve migrar para o DEM na pr�xima janela para mudan�a de partido sem risco de perder o mandato de deputado.
O l�der do governo na C�mara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que o momento � de "serenidade", mas defendeu que � preciso fazer uma avalia��o criteriosa sobre o resultado da vota��o. "O momento � de avaliar o resultado com muito crit�rio e respeito aos parlamentares que deram demonstra��o de lealdade ao presidente", afirmou o deputado, cujo partido n�o fechou quest�o e tamb�m deu votos contr�rios a Temer.
(Igor Gadelha)