Bras�lia - Em contraste com a multid�o que tomou as ruas nos momentos importantes do processo que culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff, no ano passado, as principais capitais brasileiras n�o registraram grandes atos no dia da vota��o na C�mara que poderia resultar no afastamento de Michel Temer do cargo.
O grupo era ligado a Avaaz, uma organiza��o n�o governamental, tradicionalmente conhecida pelas peti��es que divulga via internet. Foi a primeira vez que a organiza��o de origem canadense decidiu entrar de forma direta em uma mobiliza��o pol�tica nacional.
A decis�o, segundo Diego Casaes, coordenador de campanha da Avaaz no Brasil, foi tomada ap�s a organiza��o fazer uma pesquisa sobre o assunto com membros brasileiros. "Houve uma sinaliza��o clara de que todos s�o favor�veis � apura��o da denuncia contra o presidente. O combate � corrup��o sempre foi uma prioridade nossa no Brasil. Por isso, decidimos liderar a campanha", comentou.
Sozinho
Pela manh�, apenas um manifestante compareceu. O mineiro Andr� Rhouglas, de 56 anos viajou por 15 horas, de �nibus, a dist�ncia de 910 quil�metros que separam Ponte Nova (MG) e Bras�lia para estar presente no gramado do Congresso e pedir a sa�da do presidente. Encontrou a grama seca e um vazio absoluto da Esplanada. Nenhum outro manifestante estava l�.
"� uma frustra��o muito grande", disse ele, que trabalha como pedreiro, gar�om, pintor e desenhista de faixas. "Brigamos tanto em 2013 por causa de 20 centavos. Hoje n�o mexemos nem um dedo por centenas de bilh�es que s�o roubados todos os dias. Ficamos parados no sof�, olhando tudo e reclamando, sem fazer nada", afirmou.
