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Estado de Minas

Planilha aponta propina a peemedebistas

A propina teria sido dada em contrapartida ao suposto apoio dos pol�ticos para "fortalecer" os ex-diretores Nestor Cerver� (Internacional) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento)na Petrobras


postado em 03/08/2017 10:49 / atualizado em 03/08/2017 10:57

S�o Paulo - O lobista Jorge Luz, apontado como operador financeiro ligado ao PMDB, entregou ao juiz federal S�rgio Moro nomes de supostos benefici�rios de parte dos repasses que fez por meio do uso de offshores no exterior. Em uma planilha juntada aos autos da a��o em que � r�u na Lava-Jato por sua defesa, ele identifica US$ 418 mil dos R$ 11,5 milh�es em propinas que disse ter intermediado a pol�ticos peemedebistas.

Entre os destinat�rios dos repasses, de acordo com relato de Luz a Moro em 19 de julho, est�o os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA), o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e ao deputado An�bal Gomes (PMDB-CE). Luz � acusado de operar propinas de R$ 15 milh�es a pol�ticos do PMDB oriundas da contrata��o de um navio-sonda da Petrobras.

Os repasses teriam ocorrido em contrapartida ao suposto apoio dos pol�ticos para "fortalecer" os ex-diretores Nestor Cerver� (Internacional) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento) na estatal. Em 2005, Luz teria sido informado por outro operador do PMDB, que os dois executivos estariam "balan�ando" em seus cargos, e, para mant�-los em seus cargos, teria pedido ajuda aos parlamentares.

O "operador" do PMDB, segundo investiga��es da for�a-tarefa da Lava-Jato, disse ser o controlador da offshore Pentagram, apontada pelo Minist�rio P�blico Federal como a titular de uma conta na Su��a que teria sido utilizada para os repasses aos parlamentares do partido e lavagem de dinheiro.

Contas


Segundo Luz, An�bal Gomes indicou a conta Headliner Limited, em Lugano, na Su��a, para o recebimento das propinas. Em peti��o a Moro, a defesa de Luz apresentou um comprovante de pagamento da conta da Pentagram, no banco Credit Suisse, de US$ 185 mil, � Headliner, em benef�cio de "Renan/Jader/Silas/Anibal".

Outros cinco pagamentos, cuja conta presente em extratos ainda n�o foi identificada, indicam o pagamento de outros US$ 233 mil tamb�m a "pol�ticos". Ainda, os peticion�rios se comprometem a acrescentar novos dados ao fluxograma com eventuais novos pagamentos e recebimentos, na medida em que tiverem acesso a demais extratos de contas no exterior de titularidade de Jorge Luz", afirmaram os advogados do lobista. Todos os comprovantes dos pagamentos j� estavam em posse do Minist�rio P�blico Federal. Nesta peti��o, Luz discriminou os supostos benefici�rios das offshores que receberam os repasses.

'Blackout'


Jorge e Bruno Luz, pai e filho, respectivamente, foram presos em 24 de fevereiro deste ano, em Miami, nos Estados Unidos, depois que a Interpol colocou seus nomes na lista vermelha de procurados. Os lobistas haviam sido alvo da Opera��o Blackout, 38.ª fase da Opera��o Lava-Jato, deflagrada no dia anterior.

De acordo com o procurador da Rep�blica Diogo Castor de Mattos, da for�a-tarefa da Lava-Jato, "agentes pol�ticos do PMDB" foram benefici�rios de parte dos US$ 40 milh�es de propina supostamente repassados pelos operadores. Pai e filho, afirmou o investigador, tiveram uma "atua��o de longa data’ no esquema de corrup��o instalado na Petrobr�s, segundo o procurador.

"H� estimativas da Procuradoria-Geral da Rep�blica de que essas pessoas (Jorge e Bruno Luz) movimentaram em torno de US$ 40 milh�es em pagamentos indevidos", afirmou o procurador da Rep�blica. A defesa de Jorge e Bruno Luz informou que os dois colaboram com as investiga��es.

Defesas


O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou que "n�o v� Jorge Luz h� 20 anos". "N�o tenho lobista, nunca tive contas no exterior e n�o recebi dinheiro ilegal. Portanto, a chance dessas planilhas que me citam serem verdadeiras � zero."

O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) tamb�m declarou que "nunca teve conta na Su��a e que cabe a Jorge Luz provar os dep�sitos, o n�mero da conta e as datas".

O deputado An�bal Gomes (PMDB-CE) e o ex-ministro Silas Rondeau n�o responderam � reportagem at� a conclus�o desta mat�ria.


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