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Estado de Minas

Presidente da CPI do BNDES no Senado teve campanha financiada pela JBS

Al�m do presidente da CPI, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ao menos outros dois senadores receberam doa��es do grupo J&F na elei��o de 2014


postado em 09/08/2017 12:19 / atualizado em 09/08/2017 12:33

Bras�lia - Dos 21 senadores que v�o compor a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do BNDES no Senado, ao menos tr�s receberam doa��es do grupo J&F na elei��o de 2014, incluindo o pr�prio presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

A CPI foi instalada na semana passada e tem como objetivo investigar empr�stimos feitos pelo banco de fomento que beneficiaram o conglomerado do setor de carnes.

Dos cerca de R$ 2 milh�es de doa��es que Alcolumbre recebeu oficialmente em 2014, R$ 138 mil foram oriundos de doa��es do grupo J&F.

Al�m dele, os outros dois membros da CPI do BNDES que tamb�m aparecem na planilha apresentada pela JBS s�o os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO) - que recebeu R$ 833 mil de um total de R$ 4,2 milh�es - e Paulo Rocha (PT-PA), que recebeu R$ 233 mil da JBS de um total de R$ 3,3 milh�es de doa��es. Os senadores n�o possuem at� o momento inqu�ritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o pedido de cria��o da CPI, de autoria do senador Roberto Rocha (PSB-MA), o colegiado tem como objetivo principal investigar supostas irregularidades nos empr�stimos concedidos pelo BNDES no programa de globaliza��o das companhias nacionais nos �ltimos 20 anos, com destaque para opera��es de financiamento do grupo J&F, controlador do frigor�fico JBS, cuja dela��o levou � investiga��o do presidente Michel Temer.

O primeiro grande empr�stimo do programa de internacionaliza��o foi de US$ 80 milh�es ao frigor�fico Friboi, para a compra de 85% da principal empresa de carne bovina na Argentina, a americana Swift Armour.

Posteriormente, dois anos ap�s o primeiro aporte, a holding do Banco para participa��o acion�ria, o BNDESPar, concedeu um novo empr�stimo/compra de a��es no valor de R$ 4,5 bilh�es ao conglomerado JBS-Friboi para a compra da Swift&Co. e Pilgrim's Pride Corp nos EUA.

Dessa forma, a JBS tornou-se hoje uma das mais internacionalizadas empresas nacionais", diz trecho do documento apresentado por Rocha.

Procurada, a assessoria de Alcolumbre negou que o parlamentar tenha negociado qualquer tipo de contrapartida com a JBS.

"O senador nunca teve contato direto com a JBS. Em nenhum momento, direta ou indiretamente, o senador bateu na porta na JBS para pedir alguma coisa. O dinheiro em quest�o foi designado para a dire��o nacional do partido e depois repassado ao senador", afirmou.

A assessoria de imprensa do senador Paulo Rocha tamb�m nega qualquer irregularidade na doa��o e questiona veracidade do depoimento dos delatores. "Ele (Rocha) era presidente do PT local na �poca e todo dinheiro que era destinado para a campanha no Par� vinha do Diret�rio Nacional. Supunha-se que se o Diret�rio recebeu dinheiro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a quantia era legal."

Gurgacz negou que tenha recebido doa��es da JBS em sua campanha. Segundo ele, o recurso foi direcionado � campanha majorit�ria ao governo do Estado, em 2014, e, como candidato ao Senado, ele tamb�m constou como beneficiado na presta��o de contas divulgada pelo TSE. "Nunca recebi nenhum centavo da JBS", afirmou o senador.

A assessoria de imprensa do grupo J&F destacou que os colaboradores j� apresentaram informa��es e documentos � Procuradoria-Geral da Rep�blica e continuam � disposi��o para cooperar com a Justi�a.

Nos bastidores, a comiss�o para investigar o BNDES � vista como uma forma de tentar inviabilizar a CPMI da JBS, que tamb�m foi criada em maio, mas n�o foi instalada at� hoje por n�o possuir indica��es suficientes para compor o colegiado. Neste caso, a comiss�o � mista, ou seja, composta por 32 deputados e 32 senadores.

Enquanto a CPI do BNDES � mais ampla e se prop�e a analisar opera��es desde 1997, a CPMI da JBS visa investigar eventuais irregularidades em opera��es realizadas pelo grupo com o BNDES e BNDESPar entre 2007 e 2016, al�m de tratar do acordo de dela��o premiada de Joesley e Wesley Batista.

Para alguns congressistas, como a CPI do BNDES tem o escopo mais amplo e � formada apenas por senadores, seria mais f�cil barrar requerimentos como a convoca��o dos irm�os Batista.


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