
O governo tem cerca de 60 cargos para serem redistribu�dos aos integrantes da base, mas quer avaliar caso a caso para n�o perder votos importantes na tramita��o da reforma da Previd�ncia.
Mesmo pressionado pelo “Centr�o”, sobretudo o PP, �vido por mais cargos na m�quina p�blica federal, a ordem no Planalto � preservar, sobretudo, os espa�os do PSDB e do DEM.
“N�o estamos falando em traidor. O pr�prio presidente Temer est� orientando o ministro (Antonio) Imbassahy (Secretaria de Governo), respons�vel pelo setor, a definir as coisas com justi�a. Precisamos contar com a nossa base para as reformas que v�m pela frente”, afirmou o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
A conta est� sendo feita com lupa pelo governo. Todos sabem que o “Centr�o” foi bastante fiel ao Planalto durante a vota��o da den�ncia contra Temer por corrup��o passiva.
Por outro lado, existe a certeza de que o PSDB e o DEM t�m uma maior voca��o para aprovar as reformas que vir�o, especialmente a da Previd�ncia. “Os tucanos t�m o DNA das reformas. Se eles n�o aprovarem essa mat�ria, n�o ter�o nada para apresentar ao eleitorado”, refor�ou um interlocutor do governo.
Por isso, a ordem expressa dada a Imbassahy pelo presidente � olhar o hist�rico do deputado: como votou em mat�rias anteriores fundamentais, em especial a reforma trabalhista, a PEC do Teto dos Gastos e a den�ncia contra Temer.
“N�o ser� uma vota��o apenas que vai definir o grau de fidelidade. Especialmente sabendo que teremos duas reformas duras para aprovar daqui para frente”, refor�ou um pol�tico com livre tr�nsito no gabinete presidencial.
Por esta regra, tamb�m, j� foi avisado a Imbassahy que n�o haver� mudan�as nos cargos do presidente do Senado, Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), no Banco do Nordeste.
O ministro tucano queria trocar o diretor de Controle e Risco, Nicola Miccione, apadrinhado por Eun�cio, por Delano Macedo Vasconcelos, apoiado pelo deputado Raimundo Gomes (PSDB-CE), que se ausentou do plen�rio na vota��o da den�ncia contra Temer, ajudando o governo e contrariando a orienta��o do presidente nacional da legenda, senador Tasso Jereissati (CE).
Para tornar mais f�cil a substitui��o, os interessados alegaram que Nicola era indicado pelo deputado Vitor Valim (PMDB-CE), que votou contra Temer na sess�o de 2 de agosto.
Os peemedebistas esclareceram que ele j� perdera o carimbo da indica��o de Valim ap�s votar contra a reforma trabalhista.
Cuidados
H� quem critique esse excesso de zelo, especialmente com os cargos do PMDB. “Temer vai errar se ficar ref�m do PMDB do jeito que est�. O PMDB n�o est� preocupado com a governabilidade ou com o futuro do presidente. Cada peemedebista est� interessado em seu feudo regional. Eun�cio no Cear�; Jader (Barbalho) no Par�; (Jos�) Sarney no Maranh�o”, criticou um deputado que j� teve interesses contrariados ao se chocar com um cacique regional do PMDB.
O Di�rio Oficial da Uni�o de ter�a-feira (15) trouxe a exonera��o de Marcelo Allain do cargo de secret�rio de Articula��o da Secretaria-Geral da Presid�ncia e colocou, em seu lugar, Marco Aur�lio Silva.
Tamb�m deixaram o governo Silvio Jos� Silva, diretor do Departamento de Defesa dos Direitos Humanos; Tamara da Silva, chefe de gabinete da Secretaria de Pol�ticas de Promo��o da Igualdade Racial da Presid�ncia da Rep�blica; e Cristian Jos� Santos, diretor do Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Minist�rio da Cultura.