
Maia negou que o DEM tenha convidado o prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria, para ingressar no partido e ser candidato pela sigla ao pal�cio do Planalto em 2018. "N�o, o D�ria � do PSDB. O D�ria e o Geraldo (Alckmin, governador de S�o Paulo) v�o se entender no PSDB e o DEM vai ter candidato pr�prio � presidente", afirmou Maia.
"Diverg�ncias dentro do nosso principal aliado, que � o PSDB, s�o uma oportunidade que o DEM tem de construir o seu pr�prio projeto. Este foi nosso sonho e nunca foi poss�vel", disse o presidente da C�mara aos jornalistas. Segundo ele, partido "serve para ocupar poder". "Ent�o ningu�m pode querer ter um partido para ser auxiliar dos outros."
Na entrevista, Maia negou interesse em ser o candidato do DEM para Presid�ncia da Rep�blica em 2018. Ele disse que � candidato � reelei��o de deputado e, mais ainda, anunciou que pretende concorrer novamente � presid�ncia da C�mara. "Sou pr�-candidato a presidente da C�mara", afirmou o parlamentar fluminense.
"O caminho do DEM � organizar, entender toda a crise que o Brasil vive, conversar com a sociedade e construir uma nova mensagem." O partido defende as reformas estruturais e o corte de gastos, disse ele.
Para Maia, o voto distrital misto aprovado � muito al�m do que um simples imediatismo. "Ser� uma grande vit�ria para a democracia brasileira", afirmou aos jornalistas.
"Sou a favor de um fundo tempor�rio at� que Senado aprove doa��o empresarial", disse o parlamentar ao falar do financiamento das campanhas. Ao mencionar recursos p�blicos para o financiamento, Maia disse que o Brasil tem um d�ficit fiscal brutal e por isso, em qualquer despesa que se crie, � necess�rio saber de onde vir�o os recursos. "N�o tem mais or�amento.", enfatizou.
Impeachment
Rodrigo Maia tamb�m disse que a autoriza��o de um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer, agora, n�o parece ser a coisa mais razo�vel.
O deputado afirmou que a Casa j� decidiu sobre o assunto, ao rejeitar a den�ncia por corrup��o passiva contra Temer - a qual, se tivesse sido aceita, poderia ter levado ao afastamento do presidente do cargo.
"A C�mara j� julgou os fatos que est�o colocados na maioria dos pedidos de impeachment (de Temer) na den�ncia. Se a gente for ficar agora remoendo o mesmo assunto, acho que s� vai gerar instabilidade no Pa�s. A C�mara j� decidiu sobre esse assunto. Foi uma decis�o democr�tica. Alguns acham bom outros acham ruim, mas que foi democr�tica, foi", afirmou, lembrando que a vota��o se deu por meio de voto nominal e aberto. "Cumpriu todo o regimento", ressaltou.
A declara��o foi uma resposta � Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na semana passada, a entidade entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com mandado de seguran�a, com pedido de liminar, para tentar obrigar Maia a analisar o pedido de impeachment de Temer feito pelo �rg�o.
O pedido foi protocolado em 25 de maio deste ano, com base na dela��o de membros do grupo J&F, mas at� agora n�o teve nenhum despacho por parte do presidente da C�mara.
A dela��o dos executivos e donos do grupo J&F atingiram Temer fortemente e culminaram com a apresenta��o, pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, de den�ncia por corrup��o passiva contra o presidente da Rep�blica.
"Fazer o mesmo processo com as mesmas informa��es que temos em um processo de impedimento � a gente querer parar o Brasil. N�o me parece a coisa mais razo�vel", declarou Maia.