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Estado de Minas

Funaro assina dela��o e detalhar� atua��o como operador do PMDB


postado em 22/08/2017 16:07 / atualizado em 22/08/2017 16:58

O corretor L�cio Bolonha Funaro assinou um acordo de colabora��o premiada com a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) no qual vai detalhar sua atua��o como operador financeiro do PMDB da C�mara dos Deputados. O grupo pol�tico � liderado pelo presidente Michel Temer e tem como principais integrantes os atuais e ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves.

Al�m deles, outro importante representante dos peemedebista da C�mara � o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba por ordem do juiz S�rgio Moro. O acordo foi assinado na tarde desta ter�a-feira, na sede da PGR.

As revela��es de Funaro ser�o utilizadas nas den�ncias contra Temer que Rodrigo Janot deve oferecer antes de deixar a Procuradoria. Denunciado por corrup��o passiva, o presidente � investigado ainda em inqu�ritos que apuram os crimes de obstru��o de Justi�a e organiza��o criminosa. Nos dois casos, o corretor deve contribuir com informa��es.

Os temas dos anexos entregues por Funaro foram aceitos por Janot e a partir desta semana ele inicia uma rodada de depoimentos aos procuradores da Lava-Jato. Para facilitar a log�stica, o corretor novamente deixou o Complexo Penitenci�rio da Papuda e est� na Superintend�ncia da Pol�cia Federal em Bras�lia.

Funaro chegou na PF na segunda-feira. Passou a tarde conversando com a equipe do advogado Ant�nio Figueiredo Basto, respons�vel pela negocia��o. Por volta das 18h, recebeu a visita do delegado Marlon Cajado, respons�vel pela investiga��o da opera��o Patmos, desdobramento da dela��o da JBS.

Ap�s uma conversa, os dois sa�ram em uma viatura da PF com destino � Procuradoria-Geral da Rep�blica onde foi realizada uma �ltima conversa na qual o conte�do do acordo foi fechado.

Entretanto, Funaro e PGR modificaram algumas cl�usulas da minuta do acordo o que arrastou a assinatura para esta ter�a-feira. Na tarde de hoje, Funaro chegou a ir para a Justi�a Federal de Bras�lia onde teria uma audi�ncia da a��o penal da Opera��o Sepsis, na qual foi preso em 1º de julho de 2016.

No local, Funaro e seu advogado, Bruno Espi�eira, informaram ao juiz Vallisney de Souza Oliveira o compromisso agendado para assinatura do acordo na PGR. Por volta das 13h25 o corretor deixou o pr�dio da Justi�a e seguiu para PGR em uma viatura da Pol�cia Federal onde assinou a colabora��o premiada.

Temas


Funaro promete explicar aos investigadores como o PMDB da C�mara atuava em �rg�os p�blicos sob o controle de seus integrantes. O corretor foi alvo de duas opera��es, a S�psis e a Cui Bono?. A primeira apura sua atua��o no Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Servi�o, o Fi-FGTS, e a segunda mira sua influ�ncia na vice-presid�ncia de pessoas jur�dica das Caixa durante a gest�o de Geddel Vieira Lima.

Est�o na mira dessas duas investiga��es grandes grupos econ�micos como a holding J&F dos irm�os Joesley e Wesley Batista, e as empresas da fam�lia Constantino, dona da Gol Linhas A�reas.

S� do Grupo J&F, segundo planilha entregue por Joesley Batista em sua dela��o, Funaro recebeu cerca de R$ 170 milh�es nos �ltimos 12 anos. � Lava-Jato, o corretor ir� explicar quais pol�ticos participaram dos esquemas que resultaram nesses pagamentos e qual a participa��o do presidente Michel Temer.

Outro tema a ser abordado ser� a veracidade das afirma��es de Joesley a Temer em conversa gravada pelo empres�rio no Pal�cio do Jaburu. Batista disse que continuou efetuando pagamentos ao operador mesmo ap�s sua pris�o para evitar que ele partisse para uma dela��o - um deles para sua irm� Roberta foi interceptado em a��o controlada da PF.

"O L�cio Funaro � o operador financeiro do Eduardo do esquema PMDB da C�mara. O esquema PMDB da C�mara � composto pelo presidente Michel Temer, Eduardo, enfim, e alguns outros membros", afirmou Joesley em seu acordo.

O empres�rio contou aos procuradores que conheceu Funaro em 2011, atendendo a um pedido do empres�rio Paulo Sergio Formigoni de Oliveira. O operador financeiro, disse Joesley, teria informado que atuava em conjunto com o ex-deputado Eduardo Cunha com o "respaldo pol�tico" do ent�o vice-presidente, Michel Temer.

"Ele Funaro sempre dizia 'eu falo em nome do Eduardo e Eduardo � da turma do Michel'", afirmou Joesley.

Agricultura


Joesley tamb�m narrou em sua dela��o pagamentos por neg�cios relacionados ao Minist�rio de Agricultura. O primeiro pagamento na Agricultura ocorreu quando houve a libera��o para a exporta��o de despojos animais. De acordo com Joesley, a JBS nem havia pleiteado a medida, mas foi cobrada em R$ 2 milh�es por Funaro.

"E teve um que eu pedi que era sobre verm�fugos. Isso era muito importante para o Brasil, tanto que depois at� mudou a norma nos Estados Unidos. Esse eu paguei R$ 5 milh�es. Eu tinha um helic�ptero l� e entrou como meio de pagamento", acrescentou.


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