Rio, 28 - O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira, 28, que o sistema que prev� acordos de leni�ncia tem que ser aprimorado. "Executivos de uma empresa se envolvem em pr�tica de delito. Voc� n�o pode retir�-la do mercado, tem que ter a possibilidade de ela se reabilitar. O sistema de leni�ncia est� uma bagun�a, tem que ser arrumado. Tem que ser colocado de maneira clara", disse, em evento no Rio.
Janot reafirmou que suas decis�es � frente da PGR, da qual sair� dentro de duas semanas, sempre foram t�cnicas. "N�o levo em conta o que dizem imprensa, ruas, rede social. � t�cnico. Algumas vezes a gente � tentado. Mas se voc� fizer uma vez, perde crit�rio objetivo, danou-se, lascou", disse. "N�o levo trabalho para casa. S� assim consegui sobreviver esse tempo todo".
Provocado por jornalistas, o procurador-geral declarou que n�o acredita que sua sa�da da PGR prejudicar� a Lava-Jato. "A Lava-Jato n�o � de ningu�m, � do coletivo, todo mundo se interessa, busca, cobra, fala. Eu vejo (sucess�o) com naturalidade." Ele disse ainda que, diante de "investiga��es maduras", assinar� atos de of�cio at� o �ltimo dia de sua perman�ncia como procurador-geral, 15 de setembro.
Sobre a reforma pol�tica, sem nomear se o melhor sistema eleitoral � o proporcional, distrital, distrital misto ou outros, Janot posicionou-se contra os parlamentares puxadores de voto e contra o modelo j� extinto de financiamento privado de campanha.