
A investiga��o, solicitada pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, tem como base a dela��o do empres�rio Joesley Batista, do grupo J&F.
Em colabora��o com a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), Joesley afirmou que acertou pessoalmente com o tucano uma doa��o de R$ 20 milh�es para a campanha presidencial do pol�tico, sendo que R$ 13 milh�es teriam sido doados de forma oficial.
O restante do valor, mais de R$ 6 milh�es, foram pagos sem registro oficial, por meio de caixa dois, segundo o delator.
O caso foi inicialmente remetido ao ministro Edson Fachin, mas redistribu�do no STF porque a PGR entendeu que n�o havia rela��o com a Lava Jato. A decis�o de Rosa Weber � do �ltimo dia 18, mas s� foi inclu�da nesta segunda-feira, 28, no sistema processual da Corte.
"Os fatos, na compreens�o do Procurador-Geral da Rep�blica, justificam verticalizar as investiga��es quanto a poss�vel ocorr�ncia do delito previsto no artigo 350 do C�digo Eleitoral", escreveu a ministra Rosa Weber.
Joesley informou � PGR as formas de pagamento utilizadas, que envolveram nota fiscal superfaturada de aquisi��o de camarote em um aut�dromo para evento de Formula 1, emitida por empresa ligada a um amigo do senador. O empres�rio tamb�m diz ter utilizado nota fria emitida por uma segunda empresa.
No despacho, Rosa Weber deu prazo de 60 dias para que a Pol�cia Federal realize as dilig�ncias de investiga��o solicitadas por Janot. Para a ministra, as dilig�ncias pedidas "se mostram proporcionais", "razo�veis" e "�teis". Os donos das empresas que emitiram as notas fiscais que possibilitaram os repasses para Serra dever�o ser ouvidos no inqu�rito.
Defesa
Procurada, a assessoria do senador n�o atendeu a reportagem. Quando a dela��o de Joesley Batista veio � p�blico, a assessoria do tucano afirmou que "as contas de todas as campanhas de Jos� Serra foram aprovadas pela Justi�a Eleitoral".
"Jos� Serra jamais recebeu qualquer tipo de vantagens indevidas das empresas de Joesley Batista. E mais que isso, nunca tomou medidas que tenham favorecido a Joesley ou a seu grupo empresarial em nenhum dos diversos cargos que ocupou em sua longa carreira p�blica. O senador est� confiante que a investiga��o ir� comprovar a lisura de sua conduta", constava na nota do tucano.