Na China, Temer associa reforma a emprego

Xiamen, China – Em discurso a empres�rios dos pa�ses dos Brics na China, o presidente Michel Temer atribuiu a recente queda do desemprego no Brasil � aprova��o da reforma trabalhista. Sancionada em meados de julho, ela s� entrar� em vigor em novembro. Temer disse que o pa�s vive um momento de confian�a e otimismo “fortes” e est� “aberto” a grandes neg�cios.

O presidente repetiu as linhas gerais do discurso que havia feito no dia anterior a empres�rios brasileiros e chineses em Pequim. Disse que o pa�s atravessa um momento de moderniza��o, mencionou as reformas j� aprovadas e afirmou que ainda pretende promover a simplifica��o tribut�ria e mudan�as nas regras da Previd�ncia Social.

Temer recuou da decis�o de antecipar sua volta ao pa�s diante da imin�ncia da apresenta��o da nova den�ncia do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, contra ele, e resolveu cumprir toda a agenda no pa�s asi�tico. Chefe de uma gest�o marcada por recuos e mudan�as de posi��es, ele afirmou que n�o h� lugar para “improvisos” no mundo de hoje.

“Quem deseja prosperar tem de fazer a li��o de casa, tem de se antecipar ao futuro. E, no Brasil, para p�r em ordem as contas p�blicas, temos conduzido reformas que h� muito tempo foram adiadas, mas que restituem a sa�de fiscal do Estado brasileiro.” O evento teve participa��o de cerca de 1.000 representantes de grandes empresas.

No fim da tarde, Temer se reuniu no hotel em que est� hospedado com dirigentes de companhias brasileiras que participam do Conselho Empresarial dos Brics: Embraer, Vale, Banco do Brasil, Weg e BRF, al�m da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Hoje, Michel Temer participa feira da reuni�o de c�pula dos pa�ses dos Brics, na cidade de Xiamen, no sul da China. O presidente tamb�m ter� uma reuni�o bilateral com o primeiro-ministro da �ndia, Narendra Modi.

RESULTADO

A reforma trabalhista ter� papel decisivo na retomada do mercado de trabalho. O Instituto Brasileiro de Economia, da Funda��o Getulio Vargas (Ibre-FGV), prev� que a Lei 13.467/2017, que moderniza a Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT), vai auxiliar na gera��o de 260 mil postos formais a mais do que o previsto para os pr�ximos dois anos, caso o texto n�o tivesse sido aprovado no Congresso Nacional e sancionado pelo presidente da Rep�blica, Michel Temer.

Como a lei entra em vigor apenas em 11 de novembro, os efeitos ficar�o para os pr�ximos anos. Das 260 mil vagas a mais previstas entre 2018 e 2019, o Ibre-FGV prev� que 143 mil postos com carteira assinada ser�o gerados no pr�ximo ano. O instituto tra�ou dois cen�rios. Em um ambiente com a reforma aprovada, a expectativa � de que as admiss�es superem as demiss�es em um total de 475 mil postos. Sem a reforma, a gera��o de vagas seria de 332 mil, em 2018.