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Estado de Minas

Dela��o fica sob amea�a ap�s Joesley se entregar


postado em 11/09/2017 08:31 / atualizado em 11/09/2017 09:08

 O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a pris�o tempor�ria, por cinco dias, de Joesley Batista, dono do Grupo J&F, e do diretor da empresa Ricardo Saud. Ambos se entregaram neste domingo, 10, � Pol�cia Federal. Para o ministro, h� "ind�cios suficientes" de que os dois violaram o acordo de colabora��o premiada ao omitir a participa��o do ex-procurador Marcello Miller no processo de dela��o. Fachin afirmou ainda que h� ind�cios de que as dela��es ocorreram de maneira "parcial e seletiva".

Os benef�cios concedidos a Batista e Saud foram suspensos temporariamente por determina��o de Fachin. Se a anula��o da imunidade penal for mantida, uma das linhas de defesa analisadas pelos advogados de Joesley e da J&F � interromper a colabora��o com a Justi�a. Em outras palavras, colocar fim � dela��o premiada. Se isso ocorrer, todos os processos e procedimentos instaurados com base nas informa��es prestadas por Joesley e Saud sofrer�o preju�zos imediatos e dever�o ser comprometidos.

S� para se ter uma ideia dos eventuais preju�zos �s investiga��es, Joesley e Saud, por exemplo, ter�o de prestar uma s�rie de depoimentos � Justi�a em processos j� em andamento ou que ainda v�o ser instaurados, como vem ocorrendo com o empreiteiro Marcelo Odebrecht, que teve a dela��o premiada homologada pelo Supremo e continua a colaborar com as autoridades. Se Joesley deixar de colaborar, isso poderia inviabilizar dezenas de processos contra pol�ticos citados pelos executivos da empresa, entre eles o presidente Michel Temer e o senador A�cio Neves (PSDB-MG), que foram alvo de grava��es feitas pelo empres�rio.

A reviravolta no caso ocorre ap�s os pr�prios delatores entregarem a grava��o de uma conversa, ocorrida possivelmente no dia 17 de mar�o, antes da assinatura do acordo. No �udio, Joesley e Saud falam da participa��o do Miller nas tratativas para a dela��o. O ex-procurador, que atuou na Opera��o Lava Jato, pediu exonera��o da PGR em fevereiro, mas deixou oficialmente a equipe de Janot apenas em abril. Ap�s sair do cargo, ele foi trabalhar no escrit�rio de advocacia Trench, Rossi e Watanabe, que atuou em parte da negocia��o para a leni�ncia do Grupo J&F.

Omiss�o

O ministro Edson Fachin decidiu pela pris�o na sexta-feira (8) � noite, no mesmo dia em que Janot encaminhou ao STF o pedido. Neste domingo, ao tornar p�blica a decis�o, Fachin deixou claro que, para ele, h� ind�cios suficientes de que delatores omitiram informa��es.

Joesley e Saud se entregaram na tarde de domingo na Superintend�ncia da Pol�cia Federal em S�o Paulo. Os delatores dormiriam no pr�dio e a previs�o � de que eles sejam transferidos para Bras�lia ainda nesta segunda-feira, 11.

Em nota, o Grupo J&F declarou que seus executivos "n�o mentiram nem omitiram informa��es no processo que levou ao acordo de colabora��o premiada". No texto, o grupo assinalou ainda que os executivos "est�o cumprindo o acordo".


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