
O empres�rio Joesley Batista, do grupo J&F, e o executivo da empresa, Ricardo Saud, deixaram, �s 10h35, a Superintend�ncia da Pol�cia Federal (PF) na capital paulista. Eles sa�ram do pr�dio, na regi�o da Lapa, onde passaram a noite na carceragem, por uma sa�da reservada. Os executivos, que n�o estavam algemados, foram levados em dois ve�culos, acompanhados por forte escolta, para o Aeroporto de Congonhas, de onde seguem para Bras�lia.
As pris�es tempor�rias ocorrem em cumprimento � ordem judicial expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que acolheu o pedido do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.
O nome da opera��o, Bocca, refere-se a "Bocca della Verit�", cuja caracter�stica � seu papel como detector de mentiras. “Desde a Idade M�dia, acredita-se que se algu�m contar uma mentira com a m�o na boca da escultura, ela se fecharia 'mordendo' a m�o do mentiroso”, diz nota da PF.
As pris�es foram motivadas pela constata��o de Janot de que houve omiss�o de informa��es por parte dos delatores, ao receber um �udio de quatro horas de uma conversa dos executivos da J&F Joesley Batista e Ricardo Saud, que mencionavam o ex-procurador da Rep�blica Marcelo Miller.
Tamb�m foi feito o pedido de pris�o tempor�ria de Miller, mas Fachin avaliou que n�o h� ind�cio suficiente para esse procedimento.
Outro lado
Os advogados de Marcello Miller afirmaram que o ex-procurador recebeu com tranquilidade o pedido de buscas no seu apartamento e colaborou, apresentando tudo o que foi solicitado. Ele "ressalta que continua � disposi��o, como sempre esteve e sempre estar�, para prestar qualquer esclarecimento necess�rio e auxiliar a investiga��o no restabelecimento da verdade", afirmam os defensores Andr� Perecmanis e Paulo Klein.