Segunda den�ncia contra Temer deve atrapalhar reforma da Previd�ncia, diz Juc�

S�o Paulo, 21 - O senador Romero Juc� (PMDB-RR) criticou nesta quinta-feira, 21, o ex-procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. Juc� afirmou que ele tenta "atrapalhar o Brasil". Tamb�m disse que a segunda den�ncia feita contra o presidente Michel Temer "n�o tem p� nem cabe�a" e vai prejudicar a tramita��o da reforma da Previd�ncia.

Juc� disse que a primeira den�ncia foi feita por Janot "estranhamente" uma semana antes da vota��o da Previd�ncia, em maio, e acabou atrapalhando a reforma. Agora, corre-se novo risco de a tramita��o da reforma ser prejudicada, segundo o senador. "� claro que isso ser� perturbado mais uma vez pela encaminhamento da segunda den�ncia de Janot."

Na avalia��o de Juc�, a segunda den�ncia contra Temer deveria ser votada na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) rapidamente e l� teria parecer contr�rio. "O conte�do da den�ncia � rid�culo. Se j� temos problemas com a dela��o da JBS na primeira den�ncia, nessa segunda s�o dela��es de pessoas que, em tese, precisam ser comprovadas", disse ele, afirmando que � "absurdo" acusar um presidente da Rep�blica sem que antes se comprove "minimamente" as den�ncias.

O Brasil, disse Juc�, n�o pode "ficar preso � pauta negativa" que Janot deixou na sua despedida da Procuradoria-Geral da Rep�blica. Para ele, os partidos e aliados do governo t�m consci�ncia da "in�pcia" da segunda den�ncia. A oposi��o, disse ele, n�o tem hoje os 342 votos necess�rios para aceitar a den�ncia.

Previd�ncia

Na entrevista, Juc� ressaltou que a reforma da Previd�ncia n�o � necess�ria apenas para o governo de Michel Temer. "� fundamental terminar de votar a reforma", disse ele, destacando que se o texto n�o for votado, o pr�ximo presidente ter� problema fiscal grave. "Vai ser dif�cil governar", afirmou. Para o senador, a reforma da Previd�ncia vai garantir a aposentadoria "de hoje e de amanh�", o equil�brios das contas p�blicas e impedir que o Brasil quebre.

Indicadores da economia est�o melhorando, ressaltou Juc� na entrevista, gra�as ao avan�o de outras reformas, como a trabalhista. Por isso � fundamental seguir com a agenda de mudan�as. O senador mencionou a queda do desemprego, da infla��o e dos juros, al�m de melhora da arrecada��o e do Produto Interno Bruto (PIB), que no ano que vem deve se acelerar.

Ao ser questionado das raz�es de essa melhora da economia n�o se traduzir em aumento da popularidade de Temer, Juc� respondeu: "Essa impopularidade se d�, primeiro, pela falta de boa comunica��o do governo, e depois pela distor��o do processo de debate e pelo tipo de acusa��o que faz individualmente e mais fortemente a PGR, o Janot e a Rede Globo. Temos uma tempestade perfeita para tentar atingir o governo."

O senador afirmou ainda n�o ter preocupa��o de den�ncias de corrup��o contra ele. "Eu n�o tenho nenhum tipo de temor, nenhum tipo de culpa", disse, ressaltando que n�o parou de trabalhar nenhum dia. "Se eu tivesse alguma culpa no cart�rio eu estaria como l�der do PMDB comprando as brigas que estou comprando? Eu estaria embaixo da cama."

Sobre o ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na Opera��o Lava Jato, Juc� disse que o caso n�o � quest�o do governo, mas do pr�prio Geddel.

(Altamiro Silva Junior e Eduardo Laguna)