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Estado de Minas

Temer recebeu propina por hidrel�trica de Santo Ant�nio, diz Funaro


postado em 21/09/2017 16:07 / atualizado em 21/09/2017 17:48

(foto: Agência Brasil )
(foto: Ag�ncia Brasil )
O corretor L�cio Bolonha Funaro afirmou, em depoimento � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), que o presidente Michel Temer foi um dos destinat�rios de propina paga pela Odebrecht e Andrade Gutierrez em uma obra da estatal Furnas no Rio Madeira, em Porto Velho, Rond�nia.

As duas empreiteiras s�o s�cias de Furnas na Santo Ant�nio Energia, respons�vel pela implanta��o e opera��o da Hidrel�trica Santo Ant�nio, obra do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC).

Al�m de Temer, teriam recebido propina os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, os dois presos atualmente por conta de desdobramentos da opera��o Lava Jato. Funaro n�o cita os valores da propina.

De acordo com o delator, Cunha lhe contou que a propina foi acertada pelos executivos Benedicto J�nior, da Odebrecht, e Ot�vio Azevedo, da Andrade.

"Os valores foram recebidos por Eduardo Cunha e, posteriormente, foi repartido entre com Henrique Eduardo Alves, Arlindo Chinaglia e para Michel Temer", diz Funaro em depoimento prestado em 24 de agosto de 2017 e anexado � den�ncia oferecida por Rodrigo Janot contra Temer por organiza��o criminosa e obstru��o de Justi�a.

Ainda segundo o delator, "provavelmente os pagamentos foram feitos parte em esp�cie e parte em doa��o de campanha, como era feito de costume na maioria dos casos."

"Cunha costumava ir na casa de Oct�vio Azevedo, localizada perto do aeroporto, quando ia a S�o Paulo. Que n�o sabe precisar, nesse caso, o valor total pago e os percentuais da divis�o. Que Arlindo Chinaglia recebeu parte da propina porque era presidente da C�mara e ajudou a convencer o governo a entregar a presid�ncia de Furnas para Eduardo Cunha", explica Funaro em seu relato.

Em suas dela��es, os executivos Henrique Valladares, Augusto Roque Dias Fernandes Filho, Jos� de Carvalho Filho e Benedicto Barbosa da Silva J�nior, o "BJ", todos da Odebrecht, disseram aos investigadores que um grupo de quatro parlamentares recebeu cerca de R$ 50 milh�es em propina para ajudar a empreiteira baiana e a Andrade Gutierrez na licita��o de Santo Ant�nio.

Entre os citados pelos delatores, est�o dois elencados por Funaro em seu depoimento: o ex-deputado Eduardo Cunha e o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). O petista teria recebido R$ 10 milh�es e Cunha teria embolsado outros R$ 20 milh�es. Os delatores citam ainda o senador Romero Juc�, R$ 10 milh�es, e o ex-assessor de Michel Temer, Sandro Mabel (PMDB-GO), que teria amealhado R$ 10 milh�es. Todos os repasses, segundo os delatores, teriam sido divididos entre os centros de custo da Odebrecht e da Andrade Gutierrez.

Defesa

A reportagem questionou o Pal�cio do Planalto que afirmou que a posi��o do presidente Temer � a mesma contida em nota divulgada na quarta-feira, 13. Na nota, a Presid�ncia da Rep�blica afirma que as declara��es do corretor L�cio Funaro n�o s�o dignas de cr�dito.

"Vers�es de delator j� apontado pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) como homem que traiu a confian�a da Justi�a n�o merecem nenhuma credibilidade. O criminoso L�cio Funaro faz afirma��es por 'ouvir dizer' ou inventa narrativas para escapar de condena��o certa e segura", diz o comunicado.

O deputado Arlindo Chinaglia foi procurado, mas ainda n�o respondeu � reportagem. O advogado D�lio Lins e Silva J�nior, respons�vel pela defesa de Cunha, tamb�m n�o retornou aos contatos. A Odebrecht e a Andrade Gutierrez foram procuradas, mas ainda n�o se posicionaram. O advogado Marcelo Leal, defensor de Henrique Alves, n�o retornou aos contatos.


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