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Estado de Minas

Escolha de relator de nova den�ncia contra Temer reabre crise tucana

Parte do PSDB � contra a indica��o e pede que Bonif�cio Andrada recuse a fun��o


postado em 29/09/2017 08:07 / atualizado em 29/09/2017 09:12

Em um movimento que agradou � base governista, o presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), escolheu um aliado do senador A�cio Neves (PSDB-MG), o tucano Bonif�cio de Andrada (MG), para relatar a den�ncia contra o presidente Michel Temer e seus ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil). A escolha reabriu a crise no PSDB.

Pacheco ignorou os apelos do l�der do PSDB, Ricardo Tr�poli (SP), para que, desta vez, n�o escolhesse um tucano para a miss�o. Na primeira den�ncia, o relat�rio que livrou o presidente foi produzido pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) e a bancada ficou dividida no plen�rio. Dos 47 deputados, 22 foram contra o prosseguimento da den�ncia, 21 a favor e quatro se ausentaram.

Nos bastidores, parlamentares avaliam que a indica��o de Bonif�cio faz parte de uma opera��o casada para salvar o mandato de A�cio e segurar a nova den�ncia. O parlamentar mineiro, que pertence � fam�lia do patriarca da Independ�ncia, Jos� Bonif�cio de Andrada e Silva, foi um dos deputados que ajudaram a segurar a primeira den�ncia contra Temer por corrup��o passiva, rejeitada em agosto pela C�mara dos Deputados.

A crise no PSDB volta � tona especialmente entre a ala paulista e a mineira. Enquanto os paulistas n�o fizeram esfor�o para preservar Temer, os mineiros ajudaram a barrar a primeira den�ncia. Tr�poli n�o descarta a possibilidade de tirar Bonif�cio da CCJ, o que obrigaria Pacheco a redistribuir a relatoria para outro membro da comiss�o.

Experi�ncia


No an�ncio, Pacheco disse que Bonif�cio est� "acima" das quest�es internas do PSDB. "Tenho certeza de que o PSDB haver� de ficar contente com a decis�o", afirmou.

O peemedebista tamb�m minimizou o fato de Bonif�cio ter votado a favor de Temer na primeira den�ncia. "� uma nova realidade e confio muito na dec�ncia e na experi�ncia do deputado Bonif�cio", declarou o presidente da CCJ.

Nesta quinta-feira, 28, o Pal�cio do Planalto evitou manifesta��es a respeito da escolha de Bonif�cio. O discurso oficial segue a linha da primeira den�ncia, de que espera que seja apresentado um relat�rio "t�cnico", favor�vel a Temer, com pedido de arquivamento de den�ncia.

Interlocutores do presidente, no entanto, avisam que, caso a op��o seja por relat�rio "pol�tico", contr�rio a Temer, um dos aliados governistas na CCJ ser� convocado a apresentar um relat�rio paralelo, repetindo o tr�mite anterior.

Perfil


Suplente na CCJ, Bonif�cio n�o votou no colegiado, mas fez quest�o de se posicionar contra a primeira den�ncia por corrup��o passiva durante a fase de debates. Na ocasi�o, o tucano criticou o uso das grava��es do empres�rio Joesley Batista como pe�a-chave da acusa��o da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR).

"N�o sou a favor da admissibilidade. N�o por raz�es pol�ticas, mas puramente por raz�es de ordem jur�dica. N�o h� base para andamento do processo", disse na comiss�o. Em 2 de agosto, dia da vota��o da den�ncia no plen�rio, o deputado tucano votou com o governo "em favor das institui��es e do progresso do Brasil".

O tucano tem 87 anos, � jornalista, advogado, professor de Direito Constitucional e cientista pol�tico. Ligado ao grupo de A�cio, o parlamentar est� no seu d�cimo mandato, tem atua��o discreta na Casa, mas � visto como uma esp�cie de "reserva moral" da bancada. Embora n�o tenha a inten��o de disputar a reelei��o, Bonif�cio prepara seus filhos para a pr�xima elei��o. A avalia��o � de que qualquer deslize no relat�rio sobre a segunda den�ncia poderia respingar sobre as candidaturas de Lafayette e Antonio Andrada.

"Temos muita convic��o de que � um nome que preserva a comiss�o, que d� o tom necess�rio que n�s precis�vamos para a seriedade e necessidade de demonstra��o de imparcialidade na condu��o desse trabalho", justificou o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), ao anunciar seu escolhido.

Na primeira den�ncia, Pacheco indicou S�rgio Zveiter (ex-PMDB e hoje Podemos-RJ), de perfil mais alinhado com a oposi��o. Em seu relat�rio, Zveiter afirmou que a acusa��o da Procuradoria n�o era "fantasiosa", como defende Temer, e deveria ser investigada. Agora, o peemedebista optou por um relator mais palat�vel ao Pal�cio do Planalto. "Nada melhor que algu�m do PSDB, que vai convencer seus pares de que � importante votar contra a den�ncia porque ela � in�cua", disse o vice-l�der do governo, Beto Mansur (PRB-SP).


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