
Em conversa gravada com um interlocutor que responde por "Gabriel", Joesley Batista diz ter aconselhado um amigo sobre o que levar em considera��o na hora de decidir por um acordo de dela��o premiada. Se tinha "batom na cueca", era melhor delatar, teria dito o empres�rio, segundo o �udio obtido pela revista "Veja".
"�, meu, � a coisa mais simples do mundo, porque se voc� tem problema e o problema �, como se diz, batom na cueca, �, meu, corre l� e faz a porra dessa dela��o", disse Joesley ao seu interlocutor, que de acordo com a publica��o seria o deputado federal Gabriel Guimar�es (PT-MG).
O �udio est� entre os materiais que haviam sido sonegados ao Minist�rio P�blico Federal e que levaram, posteriormente, o ent�o procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot a pedir a rescis�o do acordo de dela��o e a pris�o de Joesley e do executivo Ricardo Saud.
Na conversa, Joesley tamb�m detalha como atuou para aliciar o procurador �ngelo Goulart Villela e sua interlocu��o com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem detalhava suas negocia��es com o MPF sobre o acordo de leni�ncia da J&F.
Em outra grava��o, desta vez com o executivo Ricardo Saud, o diretor Francisco Assis e Silva e a advogada da JBS, Fernanda T�rtima, Joesley relata que pretendia deixar o Brasil. "Ainda vou pra Nova York, vou amanhecer em Nova York, se Deus quiser. Eu vou ficar aqui, Fernanda? C� t� louca? Soltar uma bomba dessa a� e ficar aqui fazendo o qu�?", disse.
A advogada considera que a PGR n�o perderia a oportunidade de fechar o acordo e que o melhor seria mesmo o empres�rio deixar o Brasil. "Se for pra dar imunidade, que seja fora pra ningu�m ver tua cara, ningu�m lembrar que voc� existe", diz Fernanda, segundo a 'Veja'.
Pris�o
Joesley e Wesley Batista est�o em pris�o preventiva decretada no processo em que os executivos s�o acusados de lucrar indevidamente no mercado de a��es e usar informa��es privilegiadas antes de vir � tona o acordo de colabora��o premiada que firmaram com o Minist�rio P�blico Federal (MPF).