
Apesar da press�o da c�pula do PSDB nacional, o presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara Federal, Rodrigo Pacheco (PMDB), afirmou nesta sexta-feira, 29, em Belo Horizonte, que vai manter a indica��o do deputado federal Bonif�cio Andrada como relator da segunda den�ncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). "Ele (Andrada) s� n�o ser� (o relator) se n�o quiser", disse Pacheco, que deu palestra nessa manh� em escola na capital mineira.
Antes da escolha do relator, o l�der do PSDB na C�mara, que faz parte da ala do partido que defende a sa�da da sigla do governo Temer, havia pedido a Pacheco que n�o escolhesse um parlamentar da legenda para a relatoria. Bonif�cio � ligado ao senador A�cio Neves (PSDB-MG), e, na primeira den�ncia contra Temer, votou a favor do presidente.
Pacheco afirmou que sua escolha n�o pode depender de posicionamento de siglas. "Se os partidos resolverem dizer que n�o querem, amanh� todos v�o dizer que n�o querem e eu n�o vou poder escolher ningu�m. O crit�rio n�o � do partido, � da CCJ", disse. "O PSDB n�o queria, o DEM n�o queria, outros partidos queriam. A escolha foi da pessoa do deputado federal, que reputo adequada."
O parlamentar negou prefer�ncia por deputados do PSDB para a relatoria das den�ncias contra o presidente Temer. Na primeira, depois de rejeitado o parecer do deputado S�rgio Zveiter (PMDB), ent�o relator, Pacheco definiu para o posto Paulo Abi Ackel (PSDB-MG). "Foi coincid�ncia", disse. � �poca, ponderou Pacheco, o regimento determinava que o novo relator teria que ser escolhido entre os integrantes da CCJ que rejeitaram o parecer de Zveiter, texto que era contr�rio a Temer.
Pacheco afirmou ter escolhido Andrada pela sua hist�ria, dec�ncia e independ�ncia. "� um homem de 87 anos com mais de 50 anos de vida p�blica, mais que a minha idade", afirmou Pacheco, que tem 41 anos.
Porte de arma
Em 2014 a Pol�cia Federal em Minas Gerais abriu inqu�rito contra Bonif�cio Andrada depois de o parlamentar tentar embarcar no Aeroporto Internacional de Confins, na Grande Belo Horizonte, com um rev�lver calibre 32. O deputado n�o portava documenta��o da arma, foi impedido de embarcar, prestou depoimento � PF foi e liberado. O epis�dio ocorreu em 18 de junho daquele ano.
� �poca, o deputado, que est� em seu d�cimo mandato, afirmou que andava com a arma quando "considerava necess�rio tal porte". Conforme a Constitui��o, "desde a expedi��o do diploma at� a inaugura��o da legislatura seguinte, os membros do Congresso Nacional n�o poder�o ser presos, salvo em flagrante de crime inafian��vel, nem processados criminalmente, sem pr�via licen�a de sua C�mara".