Curitiba e S�o Paulo - A for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato descobriu que contratos da Petrobras com a Odebrecht praticamente triplicaram de valor por meio de aditivos firmados por ex-gerentes de �reas estrat�gicas da estatal petrol�fera com a Odebrecht. "� o custo da corrup��o", disse o procurador da Rep�blica Roberson Pozzobon.
Quatro ex-gerentes da Petrobras s�o o alvo do novo passo da Lava-Jato. A investiga��o mostra que eles receberam propinas de R$ 95 milh�es, dos quais R$ 32 milh�es no exterior, em contas na Su��a, na Inglaterra e nas Bahamas.
As propinas sa�ram de dois Contratos de Alian�a. Em 1º de dezembro de 2008, a Odebrecht firmou o Contrato de Alian�a 027/2008 com a Companhia Petroqu�mica de Pernambuco - Petroqu�mica Suape (PQS), com o pre�o meta de R$ 1,085 bilh�o e o pre�o teto de R$ 1,194 bilh�o, para constru��o de uma planta industrial de �cido Teref�lico Purificado (PTA).
Em 22 de junho de 2011, foi assinado aditivo no valor de R$ 330 milh�es. Em 14 de outubro de 2011, novo aditivo constituindo a denominada Verba Contigencial no valor de R$ 256,68 milh�es. Ao final, o contrato ficou em R$ 1,914 bilh�o, "com atraso significativo na conclus�o da obra".
Atrelado ao primeiro contrato, a Odebrecht celebrou, em 4 de dezembro de 2009, o Contrato de Alian�a 017/2009, com o pre�o meta de R$ 453,22 milh�es, seguido, em 1.º de setembro de 2010, pelo Contrato de Alian�a 014/2010 com a Companhia Integrada T�xtil de Pernambuco - CITEPE, com o pre�o meta de R$ 1,79 bilh�o, para constru��o de plantas industriais da Citepe e de produ��o de filamentos t�xteis (POY) e poletileno tereflatado (PET).
A investiga��o mostra que em 29 de mar�o de 2011, foi celebrado aditivo que elevou o pre�o meta para R$ 2,24 bilh�es. Em 3 de junho de 2012, foi firmado novo aditivo com eleva��o do pre�o meta para R$ 3,59 bilh�es, "com atraso ainda significativo da obra".
"Um caso que evidencia o custo da corrup��o, na medida em que funcion�rios p�blicos deixam de agir em benef�cio da empresa (Petrobras) e passam a atuar pelo interesse da empreiteira (Odebrecht)", disse o procurador Roberson Pozzobon.
(Ricardo Brandt, enviado especial, e Julia Affonso)