O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Rog�rio Manso disse nesta quarta-feira, 18, que "nunca precisou de apoio pol�tico para progredir" na carreira. Indignado com a cita��o ao seu nome pelo ex-deputado Pedro Corr�a (PP/PE) como suposto arrecadador de propinas na estatal petrol�fera, Manso afirmou que "jamais realizou ou permitiu que algu�m realizasse qualquer ato il�cito".
Pedro Corr�a � r�u e preso da Opera��o Lava Jato. Em dela��o premiada que fechou com a Procuradoria-Geral da Rep�blica, em busca de benef�cios como redu��o de pena e a liberdade, ele afirmou que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva "tinha pleno conhecimento da arrecada��o de propinas no �mbito do Mensal�o" e que o petista participou da indica��o do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Segundo o ex-deputado, Lula "tinha a convic��o e certeza de que os partidos iriam usar essas pessoas [indicados a cargos em estatais] e iriam arrecadar junto aos empres�rios recursos para fazer campanha pol�tica".
Pedro Corr�a citou Manso. "Foi marcada a reuni�o, no gabinete e na presen�a do presidente Lula, estavam presentes eu, o ex-deputado e l�der do PP Pedro Henry, o ex-deputado e tesoureiro do PP Jos� Janene, o ministro das Rela��es Institucionais Aldo Rebello, o ministro da Casa Civil Jos� Dirceu e o ent�o presidente da Petrobras Jos� Eduardo Dutra. Rog�rio Manso respondia a Jos� Eduardo Dutra, inclusive arrecadava propina a este, motivo pelo qual a demora da nomea��o pode ser justificada. Nesta reuni�o, o principal di�logo que se deu entre o presidente Lula e o ent�o presidente da Petrobras Jos� Eduardo Dutra foi relacionado � demora na nomea��o de Paulo Roberto Costa. Lula questionou a demora para a nomea��o de Paulo Roberto Costa por Jos� Eduardo Dutra, o qual disse que essa cabia ao Conselho de Administra��o da Petrobras. Na ocasi�o, Lula disse a Dutra para mandar um recado aos conselheiros que se Paulo Roberto Costa n�o estivesse nomeado em uma semana, ele iria demitir e trocar os conselheiros da Petrobras", relatou.
"Nunca precisei de apoio pol�tico para progredir; como empregado concursado e com experi�ncia nas �reas em que atuei, sempre exerci minhas atribui��es de forma leal e honesta", reagiu Rog�rio Manso, em declara��o � reportagem.
O ex-diretor da estatal petrol�fera defende "consequ�ncias" para o delator. "Prevalecendo a justi�a, espero que as declara��es difamat�rias de Pedro Corr�a gerem consequ�ncias em sua dela��o, em linha com o artigo 19 da lei 12.850/2013."