O prefeito de Carmo da Mata, Almir Resende J�nior (PSDB), foi acusado pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais de cobrar uma esp�cie de “mensalinho” dos integrantes do primeiro escal�o de seu governo.
De acordo com a acusa��o apresentada � Justi�a, Almir, como � conhecido na cidade, cobrava entre R$ 100 e R$ 200 – o valor variava de acordo com o cargo -, para “cobrir gastos de campanha dele”. Carmo da Mata fica na Regi�o Centro-Oeste de Minas.
De acordo com a den�ncia, os secret�rios de governo tinham que contribuir com R$ 200 e os adjuntos com R$ 100,00.
O esquema foi descoberto em intercepta��o telef�nica feita para outra investiga��o que apura esquema de uso de notas fiscais frias. De acordo o Minist�rio P�blico, a secret�ria de Desenvolvimento Social foi flagrada em conversa com Jos� Geraldo Rodrigues reclamando da arrecada��o mensal existente no munic�pio em prol do prefeito.
“Constata-se que a maioria dos servidores, ocupantes dos cargos de confian�a, s�o v�timas do referido esquema, ou paga, ou se perde o cargo. Qual o motivo dos servidores efetivos n�o participarem da arrecada��o?? � obvio, s�o servidores concursados e independentes no exerc�cio de suas fun��es”, argumenta o promotor Areslam Eust�quio Martins, que assina a den�ncia.
O promotor de Justi�a destaca ainda que o encarregado da “arrecada��o” foi ouvido na Promotoria de Justi�a e "mentiu", inclusive n�o reconhecendo a pr�pria voz no �udio. Entretanto, os demais interlocutores confirmaram o teor da conversa mantida com ele.
O MPMG requer na a��o que o prefeito e o secret�rio de Governo sejam condenados � perda do cargo; � suspens�o dos direitos pol�ticos por cinco anos; � proibi��o de contratar com o Poder P�blico por tr�s anos e ao pagamento de multa de at� 100 vezes o valor das respectivas remunera��es.
Em contato, a assessoria de imprensa da prefeitura de Carmo da Mata afirmou que o munic�pio ainda n�o foi notificado da exist�ncia da a��o e que s� se manifestar� ap�s ter ci�ncia do conte�do da den�ncia.
Ainda na nota, a assessoria de imprensa informa que a prefeitura se coloca � disposi��o do Minist�rio Publico para quaisquer esclarecimentos. “At� que se obtenha confirma��o de qualquer ato il�cito, acredita na honestidade de todas as a��es feitas por seus funcion�rios no trato da administra��o p�blica municipal”, afirma o texto.