
Em meio ao troca-troca da reforma ministerial por votos para a aprova��o da reforma da Previd�ncia proposta pelo governo Michel Temer, a bancada mineira do PMDB tenta emplacar o deputado federal Mauro Lopes (PMDB) no minist�rio da Secretaria de Governo, em substitui��o ao deputado licenciado Ant�nio Imbassahy (PSDB-BA).
A possibilidade de Lopes ainda n�o foi definida. Ao mesmo tempo em que o presidente faria um gesto para Minas Gerais, – pela primeira vez na hist�ria da Rep�blica n�o ocupa nenhum cargo no primeiro escal�o do governo federal –, teria no governo um parlamentar que valoriza muito cargos executivos e n�o costuma pleitear mais poder.
“A bancada mineira n�o est� reivindicando. Mas Michel Temer me consultou sobre o nome de Mauro Lopes. E considerei uma excelente op��o”, afirmou ontem F�bio Ramalho (PMDB-MG), vice-presidente da C�mara dos Deputados e coordenador da bancada federal mineira.
Entre peemedebistas mineiros, contudo, n�o faltaram cr�ticas e a avalia��o de que Temer iria “esvaziar” as atribui��es da poderosa pasta, dando mais poder para Moreira Franco ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia e ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Ministro da Avia��o Civil de Dilma Rousseff por menos de um m�s, Lopes assumiu o cargo sob protestos de seu partido e, depois, licenciou-se, prometendo � ent�o presidente Dilma o voto contra o seu afastamento na C�mara dos Deputados. Mas tr�s dias depois, a traiu, “agradecendo” o cargo e engrossando o coro em favor da abertura do impeachment.
Al�m de Mauro Lopes, outro nome cotado para assumir a Secretaria de Governo � o ex-deputado Jo�o Henrique Sousa (PMDB-PI). Desde que Temer assumiu o governo, Sousa preside o Conselho Nacional do SESI. No governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o piauiense foi ministro dos Transportes.
JANTAR
Pressionado pelo mercado financeiro a entregar pelo menos algum quinh�o da anunciada reforma da Previd�ncia e a apenas quatro semanas do fim do ano legislativo, Temer tamb�m enfrenta a press�o dos partidos de sua base aliada para promover a reforma, afastar o PSDB e redistribuir os cargos aos partidos “fieis”.
Ao mesmo tempo, Temer recuou da decis�o de uma reformula��o ministerial ampla. Ontem, o Temer acertou com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e l�deres partid�rios da base um jantar, provavelmente na quarta-feira, para apresentar a nova vers�o da Reforma da Previd�ncia. At� l�, as mudan�as devem estar definidas.
Entre as substitui��es pontuais no primeiro escal�o, Temer escolheu o deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO), para o Minist�rio de Cidades, – um dos mais cobi�ados por seu generoso or�amento – em substiui��o a Bruno Ara�jo (PSDB-PE), que entregou o cargo na semana passada. Baldy tem o apoio do presidente da C�mara. Filiado ao Podemos, Baldy decidiu sair do partido em agosto quando foi destitu�do da lideran�a da legenda na C�mara. Agora tende a se filiar ao PP, partido que integra o centr�o e pleiteia mais espa�o no governo em troca de votos para aprovar a reforma da Previd�ncia.