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Estado de Minas

Planalto monta opera��o de guerra para aprovar reforma da Previd�ncia

Entre idas e vindas e muitas reuni�es, Temer come�a a fechar apoio para garantir a aprova��o da reforma da Previd�ncia no plen�rio da C�mara ainda em dezembro


postado em 23/11/2017 06:00 / atualizado em 23/11/2017 07:35

Relator da PEC da Previdência apresentou o novo texto durante jantar no Palácio da Alvorada(foto: Reprodução/internet)
Relator da PEC da Previd�ncia apresentou o novo texto durante jantar no Pal�cio da Alvorada (foto: Reprodu��o/internet)

O dia foi movimentado ontem no Pal�cio do Planalto. O objetivo era montar uma opera��o de guerra e garantir apoio � reforma da Previd�ncia, agora em vers�o enxuta. A primeira movimenta��o, por�m, mostrou que as negocia��es ainda n�o estavam devidamente costuradas.

A not�cia de que o presidente Michel Temer teria fechado a escolha do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) para o lugar do ministro tucano Ant�nio Imbassahy na Secretaria de Governo provocou burburinho nos bastidores. Uma ala governista, contr�ria ao nome de Marun, fiel escudeiro do deputado cassado Eduardo Cunha, defendia algu�m que obtivesse maior consenso.


E assim foi feito. J� no fim da tarde, depois de o presidente ter refeito todas as consultas, a Secretaria de Comunica��o Social informou, oficialmente, que Imbassahy fica no cargo, pelo menos por enquanto. Ao mesmo tempo, Marun dava entrevista afirmando n�o ter recebido convite oficial do presidente para assumir a Secretaria de Governo.

“Cabe ao presidente decidir se vou ser o ministro e, se for o caso, quando isso vai acontecer”, declarou o deputado. Ele disse n�o ter ficado decepcionado por ainda n�o ter sido convidado. “Ao contr�rio, tenho absoluta convic��o da import�ncia da reforma da Previd�ncia. Vou continuar trabalhando pelo governo. Estou aqui”, afirmou.

Marun falou pouco antes de entrar para a cerim�nia de posse do novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy (sem partido-GO), aliado do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A nomea��o de Baldy para o lugar do deputado Bruno Ara�jo (PSDB-PE), que deixou o cargo na �ltima semana, foi outro passo do Planalto com vistas � aprova��o das mudan�as nas aposentadorias na C�mara, prevista para a primeira semana de dezembro.

PSDB A decis�o de manter Imbassahy � sintom�tica e veio depois de o PSDB anunciar que n�o vai fechar quest�o na vota��o da reforma da Previd�ncia, ou seja, a bancada ser� liberada para votar como quiser. Os parlamentares tucanos est�o divididos e parte deles receia preju�zos eleitorais no ano que vem se votar com a reforma patrocinada pelo governo Temer.

O nome de Marun, por�m, n�o est� descartado. Ao contr�rio, continua forte, mas o presidente quer acertar com as lideran�as dos demais partidos da base que fizeram chegar a ele a queixa de que n�o aceitam aumento da concentra��o de for�as do PMDB no Planalto. A cautela de Temer se justifica. Ele sabe que, neste momento, qualquer passo em falso pode atrapalhar a vota��o da reforma.

Pela manh�, Temer recebeu o senador A�cio Neves no Pal�cio do Jaburu, onde teriam conversado sobre uma sa�da negociada de Imbassahy da Esplanada. Fontes do Planalto que defendiam que o presidente esperasse para anunciar Marun ponderavam que Temer poderia aproveitar o jantar marcado para a noite com lideres da base para ampliar as conversas e fazer uma escolha que n�o cause futuros estragos.

GOVERNADORES


Em outro momento importante da agenda presidencial, Temer recebeu governadores para  almo�o no Pal�cio da Alvorada. Os 17 governadores e vices, que ouviram apelos pela aprova��o da reforma da Previd�ncia, deixaram o encontro sem falar com a imprensa. A �nica que deu declara��es foi a vice-governadora do Paran�, Cida Borghetti (PP-PR), mulher do ministro da Sa�de, Ricardo Barros. Cida afirmou que Temer pediu apoio dos governadores junto �s bancadas para garantir os 308 votos necess�rios para aprovar a reforma ainda este ano e, segundo ela, houve consenso entre os presentes.

A vers�o mais enxuta da reforma foi apresentada pelo relator, Arthur Maia (PPS- BA). Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; do Trabalho, Ronaldo Nogueira; e da Casa Civil, Eliseu Padilha, tamb�m estiveram no encontro. Al�m de Marcelo Caetano, secret�rio da Previd�ncia.

‘MAIS POBRES’

Ao deixar o almo�o, Temer teve uma reuni�o com o presidente da C�mara no Pal�cio do Planalto. Indicando uma posi��o favor�vel � vota��o da proposta que muda as regras da aposentadoria at� o m�s que vem, Maia defendeu que as distor��es da Previd�ncia Social sejam combatidas pelo Congresso. Durante a posse de Baldy, o deputado classificou o modelo atual de aposentadorias e pens�es como o maior programa de transfer�ncia de renda do pa�s, ao permitir que os mais pobres financiem a aposentadoria dos mais ricos. “A reforma da Previd�ncia n�o interessa ao governo, mas sim aos brasileiros mais pobres”, disse Maia.

Mais cedo, ele defendeu cautela e afirmou que ainda � preciso conversar com  l�deres partid�rios para definir a viabilidade de pautar a reforma da Previd�ncia. “A gente n�o deve precipitar data se n�o tivermos a clareza dos votos”, justificou.

Um sinal de que a vida do governo n�o deve ser f�cil veio mais tarde. Antes do jantar com Temer, o vice-presidende da C�mara, F�bio Ramalho (PMDB-MG), coordenador da bancada mineira na Casa, garantiu que n�o h� chances de a reforma ser aprovada. “N�o adianta. Ningu�m vai votar a Previd�ncia”, disse. Ramalho acredita que o governo n�o conquistar� sequer 100 votos. “Se tiver 100 � muito.” (Com  ag�ncias)

 


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