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Estado de Minas

PF v� elo entre bunker e repasses da J&F a Geddel


postado em 29/11/2017 12:31

S�o Paulo e Bras�lia, 29 - A Pol�cia Federal apontou um elo entre supostos pagamentos de propina do Grupo J&F e o bunker dos R$ 51 milh�es atribu�do ao ex-ministro Geddel Vieira Lima e a seu irm�o, o deputado federal L�cio Vieira Lima, ambos do PMDB da Bahia. As informa��es, segundo o jornal

O Estado de S. Paulo

, constam de relat�rio apresentado nesta ter�a-feira, 28, que imputa aos peemedebistas os crimes de associa��o criminosa e lavagem de dinheiro.

O documento citou, por exemplo, que o doleiro L�cio Funaro, delator e apontado como operador do PMDB, chegou a reconhecer, em foto dos ma�os encontrados em um apartamento em Salvador, a marca de um banco ligado � holding em etiquetas que envolviam as c�dulas. Geddel est� preso preventivamente no Complexo da Papuda, em Bras�lia. Procurada, sua defesa n�o respondeu at� a publica��o desta mat�ria.

O delegado da PF Marlon Oliveira Cajado dos Santos afirmou, no relat�rio, ver ind�cios de crimes e ressaltou que o documento integra as investiga��es da Opera��o Cui Bono?, que apura as condutas de Geddel no per�odo em que foi vice-presidente da Caixa Econ�mica Federal.

O ex-ministro � suspeito de ter beneficiado a J&F, dos irm�os Joesley e Wesley Batista, na libera��o de recursos.Ao ser apresentado a fotos dos ma�os de dinheiro encontrados no bunker de Salvador, Funaro disse reconhecer refer�ncias ao Banco Original do Agroneg�cio, da J&F. "L�cio Funaro informou que os valores envoltos em ligas, com um peda�o de papel onde havia impresso o valor constante do ma�o de dinheiro, era exatamente como retirava o dinheiro dos seus doleiros e repassava para Geddel", afirmou a PF no relat�rio.

O operador ainda "mencionou que o dinheiro envolto com cinta contendo a inscri��o 'BOA', era na verdade uma refer�ncia ao Banco Original do Agroneg�cio". Segundo o relat�rio, Funaro disse que "sabia disso porque j� teria recebido dinheiro da mesma maneira do diretor jur�dico do Grupo J&F Investimentos, senhor Francisco de Assis, e na ocasi�o o alertou sobre a facilidade de rastreamento do dinheiro".

Em acordo de dela��o premiada com a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), Funaro afirmou ter entregue R$ 20 milh�es a Geddel Vieira Lima em voos que realizava para Salvador. Os pousos e decolagens do operador foram confirmados pela empresa Aerostar. Nos documentos, constam per�odos curtos, muitos de menos de uma hora, em que Funaro permanecia no aeroporto. Os registros corroboram dados de planilhas em que h� datas dos supostos repasses do delator ao peemedebista. Dois voos foram testemunhados pela mulher de Funaro, Raquel Pitta.

Dep�sito

Ainda segundo o documento da PF, "os valores em esp�cie de origem il�cita entregues por L�cio Funaro, decorrentes do crime antecedente de corrup��o de Geddel Vieira Lima enquanto servidor da Caixa Econ�mica Federal, aparentemente foram armazenados na casa da m�e de Geddel, dona Marluce Vieira Lima, e posteriormente transferidos para o apartamento da Rua Bar�o de Loreto em Salvador, ocultando assim recursos originados de atividades criminosas".

Para a PF, Geddel agia na Caixa "para beneficiar empresas com libera��es de cr�ditos dentro de sua �rea de al�ada e fornecia informa��es privilegiadas para os outros membros da organiza��o criminosa que integrava". Dessa forma, o bando obtinha supostas propinas de empresas como "BR Vias, Oeste Sul Empreendimentos Imobili�rios S.A., Marfrig S.A., J&F Investimentos S.A., Grupo Bertin, JBS S.A.".

Procurada, a assessoria de imprensa da J&F, respons�vel tamb�m pela JBS, Marfrig e Bertin, n�o comentou as acusa��es da PF. A assessoria da BR Vias e o deputado L�cio Vieira Lima n�o responderam at� a conclus�o desta edi��o. Representantes da Oeste Empreendimentos n�o foram localizados.

(Luiz Vassallo e Fabio Serapi�o)


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