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Estado de Minas

Poss�veis op��es para 2018, Meirelles e Alckmin t�m arestas a aparar com aliados

Com as pesquisas de inten��o de voto polarizadas entre Lula e Bolsonaro, o governador de S�o Paulo e o ministro da Fazenda s�o op��es de candidatura de centro


postado em 03/12/2017 06:00 / atualizado em 03/12/2017 08:15

(foto: AFP / Sergio LIMA e AFP / Nelson ALMEIDA )
(foto: AFP / Sergio LIMA e AFP / Nelson ALMEIDA )

O centro precisar� marchar unido nas elei��es de 2018 para evitar que a corrida eleitoral seja dominada e decidida pelos extremos Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PSC). A pulveriza��o de candidaturas n�o ajuda em um cen�rio de descren�a na pol�tica tradicional e de financiamentos espartanos de campanha, avaliam estrategistas alinhados ao governo. A f�rmula parece simples. Mas, at� o momento, as duas op��es que se apresentam mais vi�veis – o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD) – t�m uma s�rie de arestas a aparar interna e externamente se quiserem sonhar com o Pal�cio do Planalto.

Nem mesmo a sinaliza��o de que a economia come�a a retomar o crescimento, projetando um Produto Interno Bruto (PIB) de 3% para o ano que vem, � suficiente para amenizar os obst�culos, que come�am com o pr�prio modelo de financiamento de campanha. Sem arrecada��o privada e com a conhecida falta de disposi��o do brasileiro de doar como pessoa f�sica, os partidos precisar�o custear as campanhas com base no fundo eleitoral. “Se o PSDB partir para a radicaliza��o e n�o se alinhar ao Planalto, n�o ter� dinheiro para bancar a corrida”, previu um interlocutor do presidente Michel Temer.

Temer vai buscar at� o �ltimo momento manter coesa a atual coaliz�o governista, que inclui PR-PP-PSD-PMDB-DEM-PRB-PSC, e construir uma candidatura �nica nesse grupo de partidos. Embora deseje ardorosamente que os tucanos estejam nesse projeto, o presidente sabe que a parceria precisa ser constru�da a partir do reatamento das rela��es com o pr�prio Alckmin, estremecidas desde a apresenta��o da primeira den�ncia contra o peemedebista, em maio deste ano. Por isso, a an�lise do fundo eleitoral � crucial: quanto maior a coliga��o, mais dinheiro dispon�vel para garantir uma candidatura presidencial e nomes fortes nos estados.

Com os sinais ainda hostis enviados pelo PSDB, Temer autorizou Henrique Meirelles a se aventurar. Embora seja o nome enxergado pelo mercado como o grande fiador do rearranjo da economia, o ministro da Fazenda tem fantasmas dif�ceis de exorcizar no atual momento. A falta de traquejo pol�tico alia-se ao desconhecimento que tem perante o eleitorado, com 2% de inten��o de voto.

Al�m disso, o cargo que ele exerce pode ter um b�nus e um �nus ao mesmo tempo. Pode dizer que arrumou a casa e garantiu a volta do crescimento. Mas tamb�m ser� acusado de ser o m�dico que aplicou rem�dios amargos, como a reforma trabalhista, o congelamento dos gastos p�blicos por 20 anos e, ao que parece a cada vez menos prov�vel reforma da Previd�ncia. “N�o � f�cil, �bvio. Mas Meirelles vai dizer que o Brasil n�o pode mais errar. Que ele ajudou a arrumar a rota e vai continuar fazendo com que o pa�s caminhe na dire��o certa”, aposta o especialista em marketing digital Marcelo Vitorino.

Meirelles, contudo, pode ser obrigado a lutar com inimigos internos. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, partido ao qual o ministro � filiado, � colega de Esplanada – comanda o Minist�rio de Ci�ncia e Tecnologia –, mas sonha com uma dobradinha com o PSDB, ao menos em S�o Paulo. Caso o senador Jos� Serra decida concorrer ao Pal�cio dos Bandeirantes, Kassab poder� se apresentar como seu vice, o que o aproximaria de Alckmin no plano nacional.

JOGO PARADO

A vida do governador paulista tampouco � simples. O tucano, conhecido na vida pol�tica como algu�m avesso a movimentos bruscos – na linguagem do futsal seria aquele que joga parado –, foi obrigado a se movimentar e assumir o comando do PSDB para evitar que o partido se esfacelasse na disputa entre o governador de Goi�s, Marconi Perillo, e o senador Tasso Jereissatti (CE). O primeiro grande desafio que ter� de enfrentar � equilibrar as diversas tend�ncias na escolha dos cargos da Executiva Nacional e do Diret�rio Nacional, que ser�o definidos na conven��o do partido, marcada para o pr�ximo s�bado (9).

Outra quest�o que dificultar� a vida do pr�-candidato tucano � como ele vai se relacionar com o PMDB, legenda que est� desgastada pela den�ncia contra nomes importantes do partido, mas que sempre � fiador de qualquer candidato que sonha assumir o Planalto. “O PMDB tem uma imagem de fisiologismo muito arraigada, algo que, atualmente, provoca repulsa no eleitorado. Quanto mais pr�ximo o PSDB estiver, maior o carimbo de fisiologismo. � um equil�brio que Alckmin precisar� encontrar”, adianta Carlos Melo, cientista pol�tico e professor do Insper.

Candidata pela 3ª vez


A ex-ministra Marina Silva (Rede) anunciou ontem que ser� pela terceira vez candidata � Presid�ncia da Rep�blica. A declara��o surge em meio �s movimenta��es de alguns deputados do partido para deixar a legenda, que pode acabar perdendo metade de sua atual bancada na C�mara, de quatro deputados. Na reuni�o chamada Elo Nacional da Rede, em Bras�lia, representantes do partido nos estados entregaram a Marina os resultados das confer�ncias estaduais que aconteceram nos �ltimos dois fins de semana, que pediam que ela colocasse seu nome como pr�-candidata da legenda. “Obviamente que n�o estar�amos aqui para dizer um n�o. O compromisso, o senso de responsabilidade, sem querer ser a dona da verdade, me convoca para este momento”, disse Marina.

 

 

Disputa ideol�gica


 

N�o s�o apenas as candidaturas de centro que geram d�vidas. O f�lego dos nomes colocados � esquerda e � direita tamb�m deixam espa�o para questionamentos. “Lula vem se consolidando, mas n�o creio que ele conseguir� ser candidato. E a outra op��o colocada, Ciro Gomes, come�a a perder consist�ncia ao criticar legendas do pr�prio campo ideol�gico”, afirma o professor de economia do Ibmec-MG Adriano Gianturco.

Bolsonaro � uma candidatura que h� muito deixou de ser folcl�rica. No in�cio, muitos pol�ticos e analistas achavam que o deputado fluminense teria um teto de crescimento. Mas esse limite j� foi superado diversas vezes e hoje ele � visto como um nome que faz um discurso bastante convincente para parcelas importantes da sociedade, sobretudo aqueles insatisfeitos com o atual momento do pa�s. “Se o centro n�o conseguir definir um nome, a elei��o ficar� entre Lula e Bolsonaro, com resultados imprevis�veis”, disse um estrategista pol�tico do PMDB.

O PMDB, por enquanto, tamb�m n�o definiu para que lado vai. A pessoas pr�ximas, o presidente nacional do partido, senador Romero Juc� (RR), avisou que a legenda vai esperar at� o �ltimo momento para definir o destino. Alguns peemedebistas acreditam que a op��o preferencial � por Geraldo Alckmin, nome considerado mais consistente pol�tica e eleitoralmente. Mas, se o centro n�o se definir e ocorrer um hoje poss�vel, mas pouco prov�vel a longo prazo, segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o partido poder� reeditar a parceria com os petistas, desconsiderando as acusa��es m�tuas de golpismo. (PTL)

 


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